Imagine investir em uma companhia operacionalmente muito eficiente, com boas perspectivas de crescimento, mas que há uma década não pagava um dividendo sequer aos seus acionistas. É assim que o mercado poderia descrever a Prio (PRIO3).
Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, acredita que este dividendo já sinaliza que a companhia vai continuar distribuindo proventos enquanto aguarda novos desinvestimentos das grandes petroleiras para adquirir novos campos e expandir a sua produção.
Para ele, a Prio deve passar por um período de estabilidade de produção, crescimento menor e margens elevadas, o que deve dar espaço para proventos. Contudo, no começo da jornada o dividend yield não deve ser muito elevado.
Dividendos mais encorpados, na casa dos 6%, só seriam possíveis a partir de 2025, na avaliação do analista. Mas para quem não pagava nada, um "trocadinho" já é um primeiro passo.
Tem os que preferem não esperar nada para não se decepcionar, como Fabiano Vaz, sócio da Nord Research. Ele acha que essa crença do mercado de que a Prio pode chegar a ter um retorno em dividendos de 4% neste ano é empolgação demais.