Privatização da Sabesp (SBSP3): ações reagem. Entenda o motivo
Nesta terça-feira (1), as ações da Sabesp (SBSP3) acumulam as maiores perdas do Ibovespa no dia, após anúncio do modelo de privatização
Nesta terça-feira (1), as ações da Sabesp (SBSP3) acumulam as maiores perdas do Ibovespa no dia, após anúncio do modelo de privatização
Anteriormente, na segunda-feira (31) a ação da Sabesp (SBSP3) tocava a máxima de 2,01%, com o mercado à espera de novidades acerca do processo de privatização da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo .
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, explicou que o modelo de privatização da companhia será de follow-on (oferta subsequente de ações).
Tarcísio considera que esse é o modelo mais adaptável para Sabesp por ser mais flexível. “O objetivo é oferecer uma maior concentração de capital para atrair investidores de referência”, afirmou.
O Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) da Sabesp discutiu as principais diretrizes do modelo para desestatização da companhia. O documento foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por meio do Fato Relevante.
De acordo com o documento, os principais benefícios evidenciados, na primeira fase dos estudos, englobam os pontos a seguir:
A adição e antecipação de investimentos para atingir as metas de universalização e redução de tarifas através da utilização de parte dos recursos gerados na transação.
“[...] foi aprovado o prosseguimento da próxima fase dos estudos especializados para detalhamento da modelagem escolhida, a qual estará a cargo da Secretaria de Parcerias em Investimentos”, revela um trecho do Fato Relevante.
O comunicado diz que em 2021, os estudos de comprovação enviados para a Arsesp analisavam que o montante de investimento necessário até 2033 era de R$ 47,5 bilhões. O documento finaliza com o valor atualizado de R$ 56 bilhões.
Isso para a universalização dos serviços de saneamento básico, cobertura de 99% da população com água potável e de 90% com coleta e tratamento de esgotos.
A participação do Estado na empresa, que hoje é de 50,3%, ainda será decidida. Tarcísio também espera aprovar a venda da Sabesp na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste ano.