O ano de 2025 começou com estimativas negativas para o dólar, depois de a cotação chegar ao maior patamar da história, a R$ 6,26, no final de dezembro de 2024.
Mas o dólar vem em uma trajetória de queda. Até o dia 21 de fevereiro, a moeda americana acumulava queda de 7,27% em relação à brasileira em 2025. O desempenho fez o real ser a segunda melhor moeda global este ano.
A acomodação do câmbio se deve a alguns fatores. Lá fora, o início do ano foi marcado pela alta das commodities, o que favorece moedas emergentes como o real. O diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos também ajuda a atrair capital estrangeiro para o País.
A surpresa com um início de mandato menos agressivo de Donald Trump como presidente dos EUA também ajudou a aliviar os ânimos de investidores; ao menos, por ora.
O Boletim Focus reduziu a projeção para o câmbio de R$ 6 para R$ 5,99 ao final de 2025. Não é uma mudança expressiva, mas é a primeira revisão para baixo na estimativa em muito tempo. O Banco Inter também revisou para baixo sua projeção para o câmbio após a queda do dólar no início do ano.
Há quem diga que a alta vista na reta final de 2024 foi um "efeito manada", ou seja, um movimento sem fundamentos. Por isso, a correção mais expressiva neste início de ano.