Haddad indica novos diretores para o Banco Central
Inspirado em modelos existentes na Europa e nos EUA, o Banco Central instituiu em 1996, o Comitê de Política Monetária (Copom).
O Copom tem como função definir a taxa Selic e o relatório de inflação.
A Selic é a taxa referencial que guiará os juros praticados pelo mercado e é o principal instrumento do BC no combate à inflação.
A lógica é bem simples: quando os preços sobem, a Selic também aumenta, com a intenção de segurar o consumo ao deixar crédito e financiamento mais caros.
O principal horizonte de referência do Copom é a meta de inflação, definida pelo CMN (conselho monetário nacional), composto pelos ministros da Fazenda (Fernando Haddad) e do Planejamento (Simone Tebet), além do presidente do BC.
Só que esse remédio também encarece a compra de máquinas, investimentos das empresas e obras de construção civil, entre outros, freando o crescimento econômico.
Eis um dos motivos das rusgas do presidente Lula com o chefe do BC, Roberto Campos Neto.
Por isso é que a composição do Copom é fundamental na tomada de decisão de política econômica, com membros pró-crescimento ou de aperto monetário.
Com poder de voto hoje fazem parte do Copom o presidente do BC e oito diretores. Além disso, outros executivos e chefes de departamento participam das reuniões.
Os nove votos da atual composição do Copom estão nas mãos de indicados por Jair Bolsonaro. Daí o simbolismo da nomeação de dois novos diretores para o BC pelo ministro Haddad
Os indicados são Gabriel Galípolo (para a diretoria de Políticas Monetárias) e Ailton de Aquino Santos (para a área de fiscalização). Ambos vão para sabatina no Senado.