A renda fixa se tornou refúgio dos investidores no início do ano, quando o Ibovespa viu sua pontuação nominal cair. No mês de agosto, entretanto, o papel se inverteu: a bolsa subiu e as taxas do tesouro tiveram queda. Hora de voltar para a renda variável em setembro?
Embora a bolsa brasileira tenha subido no último mês, a razão que levou à disparada vem de fora. O início de corte dos juros nos Estados Unidos prestes a começar deu gás aos investidores avessos a risco — com destaque para os estrangeiros.
Por isso, migrar os investimentos para o Ibovespa demanda cautela. “A decisão de sair da renda fixa e investir na Bolsa depende de vários fatores, como seu perfil de risco e objetivos financeiros’, diz Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
Simoni Albertoni, da Ágora, indica o Tesouro IPCA+ (NTN-B). “Além de buscar ganhos acima da inflação no período, também estão com patamares de juros reais atrativos para carregar com prazos de cinco ou seis anos”
Títulos públicos atrelados à inflação oferecem proteção contra a alta dos preços. “Títulos com vencimentos mais curtos podem ser uma escolha segura se houver expectativa de aumento nas taxas de juros”, diz Chinchila.
Fabio Gallo, professor da FGV, recomenda títulos de Certificado de Depósito Bancário (CDB), cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). “Boas opções de renda fixa para investidores com visão de médio e longo prazo, com aplicação de 15 anos.”