Saliva no sushi: como vídeo viral pode ter derrubado ações de rede de restaurantes

Brincadeira de mal gosto pode ter custado milhões

No começo deste ano, um vídeo postado nas mídias sociais causou furor entre os frequentadores de restaurantes de sushi no Japão.

Largamente compartilhado, o vídeo mostrava um adolescente lambendo um copo, pote de shoyu (molho de soja) e sushi em um restaurante de uma das maiores redes do país.

Nos populares e acessíveis restaurantes do tipo ‘kaiten zushi’, os pratos passam por esteiras junto às mesas e os comensais escolhem apenas o que vão comer (e pagar).

O problema é quando um cliente com modos questionáveis ‘batiza’ o prato que segue em frente (e pode ser recolhido por outro consumidor) ou utensílios de uso em comum.

Seria mais ou menos como fazer uma "brincadeira" passando saliva na embalagem de ketchup da lanchonete ou no prato do bufê do quilão.

Outros casos virais se repetiram pelo país, envolvendo tanto adolescentes como adultos, o que causou um escândalo de higiene pós-pandemia.

As redes de restaurantes envolvidas tiveram que introduzir novas medidas sanitárias em um país já obcecado pela higiene e limpeza de seus pescados.

A Food & Life Companies (Tokyo: 3563), controladora da rede Sushiro, alega perda de milhões de ienes em faturamento e queda nas ações da companhia após a repercussão do caso.

Os desdobramentos do “terrorismo do sushi” seguem nos tribunais, mas as ações vêm se recuperando, com a concorrente Zensho (7550, dona do Sukiya) em alta de mais de 100% em 2023.