Parceria com a Shein faz ações de companhias brasileiras dispararem

Acordo com Coteminas é reviravolta após crise sobre taxação

As ações da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas; CTNM3, CTNM4) e Santanense (CTSA3) dispararam na semana passada.

O motivo? O fornecimento de produtos para a gigante asiática do varejo Shein.

O acordo prevê que 2 mil clientes confeccionistas da Coteminas passem a ser fornecedores da companhia de e-commerce para atender os mercados brasileiro e latino-americano.

A Coteminas foi fundada pelo ex-vice-presidente José Alencar e possui um vasto portfólio na área têxtil, incluindo cortinas e produtos de cama, mesa e banho.

Além de trabalhar com marcas como Artex, Santista e MMartan, a empresa atende segmentos profissionais como hotelaria.

Controladora da Springs (SGPS3) e da Santanense, de uniformes profissionais e EPIs, a empresa tem unidades fabris no Brasil, EUA e Argentina.

Após entrar em uma polêmica sobre a taxação de compras de pessoas físicas, agora a Shein quer investir R$ 750 milhões no setor têxtil brasileiro, gerando 100 mil empregos.

Com isso, a Shein pretende nacionalizar 85% das suas vendas em até quatro anos.

Essa tremenda reviravolta foi costurada em reunião onde participaram o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva.

As ações ordinárias da Coteminas, que começaram a semana cotadas a R$ 5,56, alcançaram um pico de R$ 19,99 e fecharam abril em R$ 11,24, uma valorização de 102%.

Entre os maiores acionistas da companhia estão a família do fundador, Verde Asset e o BNDES.