Starbucks: em meio a crise, como fechamento de lojas mexe com dividendos de FIIs

Quem investe em fundos imobiliários sempre busca negócios sólidos, como em shoppings, galpões logísticos ou hotéis.

Uma dessas alternativas são pontos comerciais em localizações valorizadas em centros urbanos que alugam seus imóveis para franquias de lanchonetes, bancos, lojas de varejo ou setor público.

É o aluguel destes imóveis ou os retornos de títulos de renda fixa como CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) que garantirão os dividendos dos cotistas.

Mas e se o inquilino ficar inadimplente, devolver imóveis antes do fim do contrato ou simplesmente fechar o negócio? E quanto à não possibilidade de honrar os títulos de crédito?

Ainda com o recente episódio de inadimplência do Grupo Gramado Parks em mente, muitos cotistas de FIIs que investem em CRIs da rede de cafés Starbucks ligaram o radar.

Sua controladora no Brasil, a SouthRock Capital – que também detém as marcas TGI Friday’s e Eataly –, entrou com pedido de recuperação judicial, sob uma dívida de R$ 1,8 bilhão.

Enquanto a Justiça analisa o pedido, várias lojas da Starbucks foram fechadas, o que aumentou a atenção sobre FIIs com posições em ativos ligados à marca.

RZAK11 e IRDM11

O fundo Riza Akin (RZAK11), possui 6,51% de CRIs da Starbucks. Já o FII IRDM11 possui exposição de 0,87%.

Após uma certa volatilidade nas cotações destes fundos, a notícia que os CRIs do Starbucks continuam adimplentes (e, como consequência, pagando proventos), acalmou os mercados.

Diversificação e Pulverização

Além disso, segundo analistas ouvidos pelo E-Investidor, a pulverização do patrimônio destes fundos em outros ativos traz certa proteção ao cotista.

DY e Risco

Como lição, esses analistas sugerem não só analisar o dividend yield dos FIIs, mas também o perfil de risco e a qualidade dos títulos.