O que é um Super App? Chineses já tem sonho de Musk e Zuckerberg

No final de 2021 Mark Zuckerberg anunciou o ambicioso plano do Facebook sobre o metaverso.

A criação de uma plataforma virtual de realidade aumentada é uma aposta tão grande que a companhia passou a ser chamada de Meta.

Meses atrás, o bilionário Elon Musk comprou o Twitter com planos de turbinar a criação e compartilhamento de conteúdo da plataforma.

Sem entregas e objetivos claros dos dois magnatas da tecnologia, tudo converge para a criação de super aplicativos, os super apps.

Os super apps são aplicativos de comunicação que permitem não só a troca de mensagens, mas também pagamentos digitais, e-commerce e produção de conteúdo como vídeos e áudios.

É praticamente como ter um TikTok, YouTube, o app de uma fintech ou banco, corretora de investimentos, mídias sociais, Uber, iFood, Amazon e Shopee, tudo no mesmo lugar.

Ou seja, um super app é um ecossistema tão conveniente e completo em soluções que aprisiona seus usuários por horas a fio ao longo do dia.

Mas se este é o sonho de Zuckerberg para o WhatsApp e o de Musk para um repaginado Twitter, os chineses já saíram na frente.

O WeChat, da Tencent, começou como uma espécie de WhatsApp e hoje é a maior plataforma de pagamentos digitais do mundo, além de ser uma popular rede social.

Seu maior concorrente é o AliPay, da Alibaba (BABA34). Seu diferencial é a integração com os serviços de e-commerce.

Mas se Meta e Twitter (e Microsoft, Amazon e Google) têm recursos de sobra para desenvolver um super app, por que até hoje um não foi criado no Vale do Silício?

Não há uma só resposta, mas assuntos regulatórios, utilização de dados, um sistema financeiro tradicional mais robusto, segurança cibernética e questões culturais estão todas na mesa.