Quando um CPF está registrado em órgãos como Serasa, SPC e Boa Vista, significa que há pendências financeiras associadas a esse titular, o que, tradicionalmente, dificulta a obtenção de crédito no mercado.
Desde o dia 21 de março, trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, rurais e contratados por MEIs, já podem acessar uma nova modalidade de empréstimo de crédito consignado, chamada de Crédito do Trabalhador.
“O credor não precisará olhar se o trabalhador está com nome sujo na praça. A pessoa terá a chance de utilizar o empréstimo inclusive para limpar o nome”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, sobre o programa.
Uma análise conduzida pelo banco JPMorgan mostrou que a existência de empréstimos pessoais ativos não impediu a obtenção de crédito por meio do novo programa.
As parcelas do Crédito do Trabalhador serão descontadas diretamente na folha de pagamento do beneficiário, utilizando o sistema eSocial, que centraliza informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias. O valor das prestações não pode ultrapassar 35% do salário mensal do trabalhador.
O pedido pode ser feito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS). Para isso, o trabalhador deve autorizar as instituições financeiras credenciadas a acessarem informações como nome, CPF, margem consignável disponível e tempo de serviço na empresa.