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As melhores ações da Bolsa para investir em agosto, segundo 10 corretoras e bancos

Depois de o Ibovespa subir 3,02% em julho, veja em quais papéis investir para lucrar neste mês, de acordo com 10 bancos e corretoras

As melhores ações da Bolsa para investir em agosto, segundo 10 corretoras e bancos
Confira as melhores ações para investir em agosto, na visão de bancos e corretoras. Foto: Adobe Stock
  • O Ibovespa teve o seu melhor mês de 2024 em julho e a expectativa é de que os ganhos continuem em agosto
  • O índice deve se favorecer com as sinalizações de alívio da política monetária nos Estados Unidos e a retomada gradual dos investidores estrangeiros na Bolsa brasileira
  • Entre as ações mais recomendadas para o próximo mês, está a Klabin (KLBN11), que tende a se beneficiar da forte dinâmica da indústria de celulose

O Ibovespa teve o seu melhor mês de 2024 em julho, ao acumular uma alta de 3,02% no período. Esse foi o terceiro avanço mensal do índice neste ano – os outros dois, em fevereiro e junho, atingiram 0,99% e 1,48%, respectivamente. Para agosto, a expectativa é de que os ganhos continuem, em meio à retomada gradual dos investidores estrangeiros – movimento que tende a favorecer as melhores ações da Bolsa brasileira.

Veja também: As melhores ações de agosto para receber parte dos bilhões em dividendos na Bolsa

No começo do mês, a principal referência da B3 emendou uma sequência de onze altas seguidas e alcançou o patamar de 129.320,96 pontos – o maior nível de encerramento desde 8 de maio deste ano, então aos 129.480,89 pontos. A forte valorização ocorreu diante da aprovação do texto-base de regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que deu otimismo em relação à política fiscal do País.

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Depois da série de ganhos, o Ibovespa oscilou ao longo da segunda quinzena de julho. Mas um anúncio do governo federal contribuiu para sustentar a valorização do índice no mês: o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, como um esforço para cumprir o novo arcabouço fiscal. Desse total congelado, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio, pelo aumento de despesas obrigatórias, e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, devido à frustração de receitas, já considerando as pendências no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado.

As notícias internas, porém, não foram as únicas a colaborar para o bom humor do Ibovespa em julho. O mês também marcou o retorno do capital estrangeiro na Bolsa brasileira pela primeira vez em 2024, com uma captação líquida (diferença entre entrada e saída de dinheiro) positiva de R$ 7,4 bilhões até a última quarta-feira (26), segundo dados da B3. Mesmo sendo insuficiente para reverter a saída de R$ 31,4 bilhões no acumulado do ano, o fluxo de julho sinaliza que esse movimento pode ganhar força em agosto, à medida que o mercado ganhe maior clareza sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos.

Na última quarta-feira (31), o Federal Reserve (Fed) optou por manter a taxa de juros americana na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. Após o anúncio da decisão, Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, disse em coletiva de imprensa que um corte de juros pode estar em análise na reunião do Fed em setembro, caso a inflação continue a recuar conforme as projeções.

Na visão da Ágora Investimentos, o alívio da política monetária nos Estados Unidos pode contribuir para as ações locais do Ibovespa, mas esse não é o único fator que deve pesar sobre os investidores. “Acreditamos que a queda de juros americanos seja sim um gatilho favorável para os preços no Brasil, mas um movimento de alta expressivo é limitado por fatores relacionados à economia doméstica”, afirma a equipe da casa em relatório. “Continuamos sugerindo alocação em renda variável de forma seletiva no País, pois entendemos que há boas opções em Bolsa, sobretudo em ativos de maior qualidade, bons pagadores de dividendos e mais resilientes”.

Quanto ao cenário de juros local, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, também na quarta-feira (31), manter a Selic no patamar de 10,5% ao ano. Em seu comunicado, a autoridade reforçou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado. “O texto veio bastante similar ao da decisão anterior, destacando pontos como a piora na situação fiscal e a inflação de serviços, mas sem sinalizar claramente uma alta de juros em setembro”, afirma Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

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Após um mês marcado por decisões monetárias, as atenções dos investidores se voltam agora para as discussões em torno da elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que estima as receitas e as despesas públicas para o próximo ano. O projeto deve ser enviado ao Congresso até o dia 31 de agosto. “O governo ainda pode aproveitar a data para revisar a meta fiscal de déficit zero deste ano para um resultado primário negativo. Isso não está totalmente precificado pelo mercado e pode afetar o Ibovespa”, explica Lucas Farina, analista econômico da Genial Investimentos.

Ações para investir em agosto

O E-Investidor consultou 10 corretoras e bancos para mapear as ações favoritas para agosto. Quatro empresas se dividem no topo das recomendações: Klabin (KLBN11), Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4), cada uma com seis menções entre as carteiras analisadas.

A Klabin (KLBN11) é a ação preferida do Itaú BBA para o setor de celulose. A casa entende que a empresa está envolta em “menos ruídos” do que a concorrente Suzano (SUZB3), que já demonstrou interesse em adquirir a International Paper (IP), mas depois voltou atrás, diante dos riscos envolvidos na operação. “A Klabin é a nossa ação preferida no setor, pois parece uma boa forma de aproveitar a forte dinâmica da indústria de celulose, que tem se beneficiado de aumentos sequenciais de preços”, ressalta o banco.

Outra “queridinha” das corretoras é a Vale (VALE3), que pode se beneficiar da retomada da demanda por aço e da possibilidade de aumento da demanda por metais devido a conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia. “Apesar das revisões de produção, a empresa continua apresentando resultados operacionais sólidos, consolidando sua posição como uma escolha atrativa para investidores interessados no setor de mineração”, reforça o time da Terra Investimentos em relatório.

Já a Petrobras (PETR4), que passou por turbulências em maio com a entrada de Magda Chambriard na presidência, pode seguir compondo uma atrativa remuneração aos acionistas através da distribuição de dividendos, na opinião da Ágora. “Projetamos resultados sólidos no segundo trimestre, com Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estável em relação ao primeiro trimestre em US$ 12,2 bilhões, além do anúncio de novos dividendos (estimamos US$ 2,2 bilhões)”, destaca a corretora em relatório.

A casa também mantém expectativas positivas para o balanço do Itaú (ITUB4), que completa o time de ações mais recomendadas para agosto. Os resultados da instituição devem sair no dia 6 de agosto, após o fechamento do mercado. “Em geral, esperamos que os bancos registrem lucros líquidos e tendências estáveis para o segundo trimestre, mas entre os nomes de grande capitalização, esperamos que o Itaú registre os melhores resultados no período, com um lucro líquido de R$ 10,1 bilhões”, reforça a equipe da Ágora.

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Veja a seguir as carteiras completas de todos os bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor para agosto:

Ágora

A Ágora realizou apenas uma mudança em sua carteira recomendada para este mês. Entraram no portfólio os papéis da Cyrela (CYRE3), enquanto os ativos da Usiminas (USIM5) saíram.

Ações
Suzano (SUZB3)
Cyrela (CYRE3)
EcoRodovias(ECOR3)
Copel (CPLE6)
Telefônica Brasil (VIVT3)
Itaú (ITUB4)
JBS (JBSS3)
Petrobras (PETR4)
Sabesp (SPSP3)
Vale (VALE3)

BB Investimentos

O BB trocou sua carteira por completo para agosto. Saíram Cogna (COGN3), Fleury (FLRY3), Marfrig (MRFG3), Natura (NTCO3) e Localiza (RENT3), para a entrada de Itaú (ITUB4), Klabin (KLBN11), Prio (PRIO3), Sabesp (SBSP3) e Vibra (VBBR3).

Ações
Itaú (ITUB4)
Klabin (KLBN11)
Prio (PRIO3)
Sabesp (SBSP3)
Vibra (VBBR3)

 

CM Capital

A CM também modificou quase toda a sua carteira de ações para agosto. Entraram BB Seguridade (BBSE3), Hapvida (HAPV3), Hypera (HYPE3), JBS (JBSS3), Iochpe-Maxion (MYPK3), Prio (PRIO3), Vale (VALE3) e Copasa (CSMG3). Já Cosan (CSAN3), Weg (WEGE3), Engie (EGIE3), Marfrig (MRFG3), Localiza (RENT3), Fleury (FLRY3), LOG Commercial (LOGG3) e Santos Brasil (STBP3) saíram.

Ações
BB Seguridade (BBSE3)
Hapvida (HAPV3)
Hypera (HYPE3)
JBS (JBSS3)
Iochpe-Maxion (MYPK3)
Prio (PRIO3)
Vale (VALE3)
Copasa (CSMG3)
Klabin (KLBN11)
RaiaDrogasil (RADL3)

 

Empiricus

A Empiricus não alterou a composição da sua carteira recomendada de ações para agosto.

Ações
Cosan (CSAN3)
Equatorial (EQTL3)
Itaú (ITUB4)
Localiza (RENT3)
Iguatemi (IGTI11)
Intelbras (INTB3)
Direcional (DIRR3)
StoneCo (STOC31)
Prio (PRIO3)
Grupo SBF (SBFG3)

Genial

Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Méliuz (CASH3), CPFL Energia (CPFE3), Embraer (EMBR3), Odontoprev (ODPV3) e Isa Cteep (TRPL4), com inclusão dos papéis da Eletrobras (ELET3), Moura Dubeux (MDNE3), Sanepar (SAPR11), Vamos (VAMO3) e Vibra (VBBR3).

Ações
Eletrobras (ELET3)
Sanepar (SAPR11)
Moura Dubeux (MDNE3)
Itaú (ITUB4)
Klabin (KLBN11)
Vibra (VBBR3)
Hapvida (HAPV3)
Petrobras (PETR4)
Vamos (VAMO3)
Vale (VALE3)

Guide

Para agosto, a Guide realizou três mudanças em sua carteira recomendada de ações. A corretora retirou Totvs (TOTS3), C&A (CEAB3) e Minerva (BEEF3), acrescentando Vibra (VBBR3), Vivara (VIVA3) e BRF (BRFS3).

Ações
BTG Pactual (BPAC11)
BRF (BRFS3)
Klabin (KLBN11)
Petrobras (PETR4)
Rede D’Or (RDOR3)
Sabesp (SBSP3)
Vale (VALE3)
Vibra (VBBR3)
Vivara (VIVA3)
Weg (WEGE3)

Itaú BBA

O Itaú BBA realizou três alterações em seu Radar de Preferências para agosto. A casa retirou Caixa Seguridade (CXSE3), Vale (VALE3) e Centauro (SBFG3), colocando no lugar B3 (B3SA3), Gerdau (GGBR4) e Vivara (VIVA3).

Ações
SLC Agrícola (SLCE3)
Multiplan (MULT3)
B3 (B3SA3)
Nubank (ROXO34)
Ânima (ANIM3)
Direcional (DIRR3)
Eletromidia (ELMD3)
Sabesp (SBSP3)
Cyrela (CYRE3)
Gerdau (GGBR4)
Kinea Índice de Preços (KNIP11)
Santos Brasil (STBP3)
JBS (JBSS3)
Rede D’Or (RDOR3)
Prio (PRIO3)
Klabin (KLBN11)
Grupo Soma (SOMA3)
Weg (WEGE3)
Vivara (VIVA3)

PagBank

O PagBank fez uma alteração na carteira recomendada de ações para agosto. A casa substituiu os papéis do BB Seguridade (BBSE3) pelos da Marcopolo (POMO4).

Ações
Itaú (ITUB4)
Copel (CPLE6)
JBS (JBSS3)
Marcopolo (POMO4)
Petrobras (PETR4)

RB Investimentos

A RB não fez nenhuma mudança em sua carteira recomendada de ações para agosto.

Ações
Embraer (EMBR3)
Itaú (ITUB4)
Vale (VALE3)
RaiaDrogasil (RADL3)
SYN Prop (SYNE3)
Smart Fit (SMFT3)
Plano&Plano (PLPL3)
Allos (ALOS3)
BTG Pactual (BPAC11)
PetroRio (PRIO3)
Localiza (RENT3)
Iguatemi (IGTI11)
Track Field (TFCO4)
Klabin (KLBN11)
Moura Dubeux (MDNE3)
Priner (PRNR3)
Equatorial (EQTL3)
Petrobras (PETR4)
Direcional (DIRR3)

 

Terra Investimentos

A Terra efetuou uma modificação em sua carteira recomendada para agosto. A corretora retirou as ações do CCR (CCRO3) e incluiu os papéis da Suzano (SUZB3).

Ações
Vale (VALE3)
Localiza (RENT3)
Petrobras (PETR4)
Lojas Renner (LREN3)
Gerdau (GGBR4)
Arezzo (ARZZ3)
Cyrela (CYRE3)
Cosan (CSAN3)
Suzano (SUZB3)
Bradesco (BBDC4)

 

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