O dia começa um pouco mais negativo no exterior, em meio às dúvidas sobre o início de corte de juros nos Estados Unidos neste ano. Integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) têm repetido que é preciso mais confiança na continuidade do processo de desinflação para que haja mudança na política monetária, o que tem trazido bastante volatilidade às apostas sobre o timing (por ora, setembro parece ser a opção mais provável). Diante disso, os índices futuros em Nova York oscilam em baixa e os mercados da Europa predominam as perdas.
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Em outros mercados, os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar avançam, os contratos futuros do petróleo caem pelo terceiro dia consecutivo, depois que um relatório da indústria apontou para o aumento dos estoques americanos de petróleo bruto.
Enquanto isso, os preços futuros do minério de ferro avançaram ao nível mais alto desde o início de março, refletindo sinais de recuperação, ainda que modesta, do mercado siderúrgico da China. Importa dizer ainda que, depois de atingirem máximas históricas, ouro, prata e cobre recuam.
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O ambiente externo não é o mais propício para uma abertura em alta dos ativos domésticos nesta quarta-feira (22) – e o EWZ, o principal ETF brasileiro em Nova York, sugere isso, pois recuava um pouco mais cedo. Além disso, a incerteza sobre o cenário fiscal ainda deve limitar uma alta forte e sustentada para o Ibovespa no curto prazo.
Agenda econômica
Brasil: O Ministério de Planejamento e Orçamento divulga o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas (15h30) e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública em comissão da Câmara (9h) e de evento da Abdib (19h).
EUA: O Federal Reserve divulga a ata referente à reunião mais recente de política monetária (15h). Pela manhã, estão previstos um discurso do dirigente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee (10h40), e dados de vendas de moradias usadas em abril (11h). Após o fechamento das bolsas, a Nvidia (NVDC34) publica balanço do primeiro trimestre.
Europa: A inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido subiu 2,3% em base anual no mês passado, abaixo dos 3,2% de março, mas acima da previsão de 2,1%. Na comparação mensal, o indicador avançou 0,3% em abril e, neste caso, a projeção era de alta de 0,1%. O núcleo do CPI britânico, que desconsidera preços de energia e alimentos, subiu 0,9% em abril ante março e, no confronto anual, o núcleo teve alta de 3,9% no último mês.
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