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- O Ibovespa seguiu a tendência dos mercados externos, encerrando com alta de 2,75%, ultrapassando os 80 mil pontos
- Na agenda local, foi divulgado pelo IBGE deflação de 0,31% na leitura de abril, reforçando um quadro de preços baixos
- Nos EUA, o payroll mostrou o fechamento de 20,5 milhões de postos de trabalho em abril e um forte salto na taxa de desemprego do país, para 14,7%
As bolsas encerraram em alta hoje, em meio à percepção de alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. As praças da Europa avançaram cerca de 1%, na mesma direção das bolsas de Nova York. A sexta-feira reservou uma agenda robusta.
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Nos EUA, o payroll mostrou o fechamento de 20,5 milhões de postos de trabalho em abril e um forte salto na taxa de desemprego do país, para 14,7%. Apesar de serem dados muito fracos, ainda vieram melhor que o esperado.
No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência dos mercados externos, encerrando com alta de 2,75%, ultrapassando os 80 mil pontos. O giro financeiro somou R$ 23 bilhões. A boa alta das ações da Vale, sustentadas pelo avanço de 5% do minério de ferro, da Petrobras e das ações de bancos contribuíram para a boa performance da bolsa.
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Na agenda local, foi divulgado pelo IBGE deflação de 0,31% na leitura de abril, reforçando um quadro de preços baixos. No demais mercados, o petróleo operou em alta, com os investidores de olho em possíveis medidas para redução da produção da commodity. No câmbio, a sessão foi de alívio, com o dólar encerrando em queda de 1,7%, aos R$ 5,74.
Economia
IPCA de abril (-0,31% na variação mensal): novamente abaixo das expectativas
O IPCA desacelerou ainda mais em abril, -0,31% na variação mensal, de +0,07% em março. Desta vez, o resultado ficou novamente abaixo tanto do consenso (-0,25%) quanto da estimativa do Bradesco BBI (-0,26%). Com certeza, a deflação foi impulsionada pelos preços administrados que caíram 2,05% na mesma base de comparação (de -0,21% em março), enquanto a inflação de preços de mercado registrou alta de +0,31% (de +0,16% no mês anterior). Na variação anual, houve uma desaceleração nos números do IPCA para +2,4% em abril, de +3,3% em março.
Em relação às nossas estimativas, a maior surpresa para baixo foi a inflação de alimentos em casa, que acelerou menos do que o esperado para 2,24% (de 1,4% em março e 2,70% em nossa estimativa). No entanto, os números baixos foram amplamente observados, sendo mais notáveis a eletricidade domiciliar (-0,8% na variação mensal de +0,1% em março), combustíveis (-9,6% na variação mensal vs. -1,9%) e categoria educação (0% vs. +0,6%). A inflação dos serviços subjacentes chegou a +0,17% na variação mensal em abril (de +0,13% no mês anterior).
Nossa visão: Mais uma vez a inflação mostrou comportamento benigno – embora esse comportamento já tivesse sido observado no passado, tem se intensificado ultimamente devido aos impactos da pandemia do covid-19. Para maio, esperamos mais um mês de deflação, com preços internacionais mais baixos do petróleo ainda sendo absorvidos pela economia brasileira. Além disso, a forte depreciação do real em relação ao dólar reforçou a visão de que o efeito de repasse do câmbio para a inflação do consumidor não é um problema por enquanto. A previsão da área econômica do Bradesco BBI para o IPCA para final de 2020 é de 2,3%.
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