O Itaú Unibanco reduziu de 5,3% para 5,0% a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, devido a sinais de desaceleração da atividade após as surpresas negativas com a produção industrial e as vendas do varejo em agosto.
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O banco estima crescimento de 0,4% do PIB do terceiro trimestre na margem. “Taxas ainda positivas de crescimento trimestral do PIB se devem exclusivamente à retomada em curso do setor de serviços à medida que a mobilidade se normaliza”, diz o relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.
Segundo o banco, os dados de atividade têm mostrado efeitos negativos da inflação sobre a renda real, mas a tendência é de queda dos segmentos mais sensíveis ao crédito no futuro, devido à alta de juros. O Itaú manteve a projeção de taxa Selic de 9,0% no fim do ciclo, com dois aumentos de 1 ponto porcentual em outubro e dezembro e um ajuste de 0,75 ponto em fevereiro.
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Para 2022, o banco estima desaceleração do crescimento do PIB a 0,5%, na esteira da desaceleração da economia global, queda dos preços de algumas commodities e fim do impulso da reabertura aos serviços. “O primeiro trimestre deverá ser beneficiado pelo crescimento esperado da safra agrícola (principalmente milho e soja), mas projetamos queda modesta do PIB nos trimestres subsequentes”, diz o texto.
Na esteira da redução das projeções de PIB, o Itaú elevou a sua estimativa de taxa de desemprego no fim de 2021, de 12,1% para 12,2%, e no fim de 2022, de 12,5% para 12,6%.