A Natura &Co registrou lucro de R$ 269,6 milhões no terceiro trimestre, um resultado 28,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.
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A cifra decorre da redução de 8,4% da receita líquida, que somou R$ 9,55 bilhões nos três meses, combinada a pressões inflacionárias e cambiais sobre custos de produção que anularam boa parte dos ganhos em sinergias com a Avon.
O resultado operacional medido pelo Ebitda – o lucro sem os descontos das despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização – recuou 34,5% no comparativo interanual, somando R$ 953,9 milhões entre julho e setembro.
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A queda de receita é atribuída em parte à base forte de comparação, já que no terceiro trimestre do ano passado o resultado foi inflado pelo deslocamento de R$ 450 milhões em vendas do trimestre anterior. A contabilização não foi permitida na época em razão de um ataque hacker que paralisou operações da Avon em junho do ano passado.
Em entrevista ao Broadcast, o CEO da Natura &Co, Roberto Marques, destacou que, se comparado a 2019 – antes, portanto, da pandemia – as vendas ficaram 21% acima no trimestre. E no acumulado do ano contra 2020 – uma comparação que, segundo ele, limpa as distorções -, a receita líquida mostra alta de 14,4%. “Isso nos dá confiança de que fundamentos progridem bem”, comentou o executivo.
Outro destaque positivo comemorado pela direção é que as vendas da marca Avon, cuja aquisição foi concluída em janeiro do ano passado, mostraram crescimento superior a 10% no acumulado dos nove primeiros meses do ano. “É a primeira vez que vemos sinal positivo nas vendas da Avon nos últimos cinco anos. Algumas coisa começam a acontecer”, observou Marques.