Apesar do viés de alta dos mercados de ações no exterior, o Ibovespa tem dificuldade em definir um norte nesta manhã (16). O índice brasileiro abriu em alta, mas depois passou a seguir em direção, na volta do feriado no Brasil, ontem. Incertezas domésticas em relação ao avanço da PEC dos Precatórios no Senado estão no radar, assim como preocupações com inflação alta e atividade baixa no Brasil.
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Nem mesmo dados da atividade da China melhores do que o esperado em outubro animam o Ibovespa, que fechou em queda de 1,17% na sexta-feira, aos 106.334.54 pontos. Ontem, quando ficou fechada, as bolsas americanas encerraram o pregão perto da estabilidade, em meio a temores inflacionários. As ações da Vale e de outras mineradoras e siderúrgicas cedem, apesar da alta de 1,11% do minério de ferro na China.
Também nos EUA, houve melhora das vendas do varejo, com aumento de 1,7% em outubro, ante previsão de alta de 1,5%, provocando máximas nos títulos americanos e deixando os índices futuros próximos da estabilidade.
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Em meio a esses dados, a tendência, cita Luiz Araújo Fernandes, CEO da Finacap Investimentos, é o investidor buscar sinais sobre se a inflação americana será transitória, ou não, como tem afirmado muitos integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
“É um fenômeno global temor com inflação e os emergentes são mais afetados, com os Bancos centrais mundiais reagindo, o que acaba por diminuir a atividade. É uma consequência natural”, afirma Fernandes.
Conforme o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, seria importante o Ibovespa ultrapassar o nível dos 107.109 mil para abrir espaço para mais altas e de forma mais consistente.
O que ajuda a limitar a queda do Ibovespa é a alta moderada das ações da Petrobras, e que seguem de olho ao noticiário da empresa. A Petrobras fez acordo com a Yinson Production para afretamento e prestação de serviços. Já a Embraer anunciou perspectivas de mercado para entregas de aeronaves comerciais até 2040. No fim do dia, a Eletrobras divulga seu balanço do terceiro trimestre.
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Apesar de ter ficado em linha com o esperado, o IBC-Br de setembro reforçou o cenário de atividade fraca do Brasil, podendo limitar alta de ações do setor de consumo na B3, a despeito do crescimento das vendas em outubro.
Em setembro, o IBC-Br teve queda de 0,27% ante agosto e elevação de 1,52% no confronto interanual. No entanto, o Banco Central revisou resultados anteriores para pior, em sua maioria.
Para os próximos meses, apesar da possibilidade de recuperação de alguns subgrupos de serviços que seguem abaixo do nível pré-pandemia, o IBC-Br de setembro passa a percepção de que os riscos de curto prazo podem sobressair ao avanço destes segmentos, levando à desaceleração da atividade econômica, escreve em nota a equipe do BTG Pactual digital. “Os dados de confiança já apontam para essa direção.”, cita. O índice que mede o setor de consumo na Bolsa caía quase 1,8% perto de 11h.
Já o IGP-10 subiu 1,19% em novembro, ante queda de 0,31% em outubro. Às 9h12, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,12%, aos 107.045 pontos.
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Em contrapartida, na China, dados de varejo e da produção industrial cresceram mais do que o esperado em outubro. Os números saíram quando o Ibovespa estava fechado, por conta do feriado da Proclamação da República. Porém, é importante salientar que vários países do mundo vivem. uma nova onda de casos de covid-19, o que tende a gerar temores com o ritmo de crescimento global.
Às 11h10, o Ibovespa caía 0,75%, aos 105.541,78 pontos.