- A realidade virtual e aumentada não são uma novidade, mas ganham importância e notoriedade com o posicionamento das Big Techs
- Se você não sabe o que é o Metaverso, pense nele como um mundo virtual onde as pessoas vão interagir entre si por meio de avatares digitais criados por meio da junção de diversas tecnologias como blockchain, realidade virtual, realidade aumentada e inteligência artificial
- De acordo com a empresa Allied Market Research, o tamanho do mercado de realidade aumentada e virtual foi avaliado em US$ 15 bilhões em 2020 e está projetado para atingir US$ 455 bilhões em 2030
O recente anúncio da mudança do nome do Facebook para Meta gerou uma onda exponencial pela busca do tema Metaverso, o que é normal, considerando a junção do posicionamento de uma Big Tech com a tendência da crescente utilização da tecnologia de realidade virtual e aumentada.
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Se você não sabe o que é o Metaverso, pense nele como um mundo virtual, onde as pessoas vão interagir entre si por meio de avatares digitais criados por meio da junção de diversas tecnologias como blockchain, realidade virtual, realidade aumentada e inteligência artificial. Nesse ambiente será possível se divertir, jogar, fazer compras, realizar negócios, investir e tudo isso em tempo real.
A realidade virtual e aumentada não são uma novidade, mas ganham importância e notoriedade com o posicionamento das Big Techs, pois elas irão investir fortemente em tecnologias para proporcionar uma melhor experiência para o consumidor, além de influenciar o ecossistema para escalar o conceito e ganhar milhões de usuários adeptos a essa nova realidade.
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A Microsoft também entra pesado nesse mercado. Alguns dias após o anúncio do Facebook, a empresa comunicou o lançamento do “Mesh”, como a próxima etapa na evolução do Microsoft Teams. O Mesh será uma plataforma interativa para experiências virtuais dentro da plataforma Teams. Dentre os recursos revelados pela Microsoft, um deles consiste em um “Modo Juntos”, que é projetado para criar um avatar virtual de uma pessoa que ajudará os usuários a terem um melhor engajamento durante as reuniões. A ideia surgiu depois de muitos usuários terem apresentado cansaço devido ao excesso de tempo de tela durante a pandemia.
Os dados do mercado já sinalizavam esse potencial. De acordo com a empresa Allied Market Research, o tamanho do mercado de realidade aumentada e virtual foi avaliado em US$ 15 bilhões em 2020 e está projetado para atingir US$ 455 bilhões em 2030, o que significa um crescimento médio anual de 41%. Esses números terão impacto ainda maior com a entrada das Big Techs e vai provocar mudanças significativas em diversos setores como: a educação, turismo, eventos, jogos, entre outros.
E quando esse cenário acontece, rapidamente o mercado de investimentos é impulsionado. Empresas como a Axie Infinity (AXS), Decentraland (MANA) e The SandBox (SAND), tiveram um boom na valorização de seus ativos. Um bom exemplo disso é a Decentraland, uma plataforma de realidade virtual fomentada no blockchain que permite que os usuários criem, experimentem e monetizem conteúdos e aplicativos. Nela, os usuários compram lotes de terra para depois serem construídos e monetizados.
Essa plataforma teve sua cryptomoeda saltando de R$ 0,42 em 01 de janeiro de 2021 para R$ 16,93 em 15 de novembro de 2021, segundo dados da Coin Market Cap. Algumas plataformas já tiveram mais de 7.000% de valorização de seus ativos esse ano. Mas vale lembrar que o investimento em criptomoedas é arriscado e volátil. A recomendação é ter sempre carteiras com risco diversificado e de acordo com o perfil do investidor, a fim de evitar maiores perdas.
Para os investidores que desejam investir, a dica é acompanhar a governança das empresas e seus respectivos projetos. Isso porque a volatilidade é muito alta e existem fatores que podem influenciar como: novidades do blockchain, entrada de novos players, entre outros. Para aqueles que não desejam investir diretamente em criptomoedas, existe a possibilidade de comprar ações das empresas ou plataformas com base nas oportunidades e demanda do Metaverso.
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Entretanto, existem muitos desafios para esse “novo mundo virtual” ganhar tração. O primeiro deles é sobre a necessidade de as pessoas conhecerem sobre essa nova realidade e conseguirem conectar a realidade virtual em larga escala com o mundo atual. Um fator super importante nesse tema é a influência do Metaverso sobre as gerações. As gerações Z e Alpha já estão mais familiarizadas e confortáveis com o conceito, pois são adeptas dos jogos de experiência como: Fortnite, Minecraft e Roblox, do que Millennials, Geração X e Baby boomers.
Em 2025, a expectativa é de que a Geração Z representará 27% da força de trabalho. Até lá, haverá uma convergência significativa entre conectividade e soluções de computação gráfica de ponta. Uma vez que a Geração Z, a Geração Alfa e a Geração M já estão experimentando o Metaverso, pode-se esperar que elas tenham uma enorme influência sobre o mercado e empresas que terão sucesso nesse mundo.
Do ponto de vista de negócio, um dos grandes desafios é construir modelos que estejam preparados para a interoperabilidade (que é a capacidade de um sistema trabalhar com o outro por meio de padrões abertos, independentemente da linguagem) e investir na produção de mundos e ativos virtuais. Começam a surgir empresas que vão permitir a construção de plataformas e produção virtual com custos mais acessíveis.
Outros fatores também passam a estar na pauta de avaliação como: privacidade, competição de mercado, diversidade e regulação, tornando ainda maior o desafio do Metaverso devido à interconexão desse fenômeno.
Como tendência, espera-se que o mercado de realidade virtual e aumentada seja impulsionado pelas indústrias de Jogos, Educação, Saúde e no Varejo. Para isso, o aumento da conectividade e dos dispositivos eletrônicos de consumo são fatores chave para o crescimento exponencial desse mercado. A utilização da tecnologia 5G será um divisor de águas para criar escala no modelo de negócio.
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A entrada dos gigantes de tecnologia muda as regras do jogo e vai proporcionar custos mais acessíveis dos aparelhos de realidade virtual e a melhoria significativa da computação gráfica a fim de aumentar o grau de realidade para atingir um público maior.
Fato é que o Metaverso vai ser controverso do ponto de vista do desenvolvimento humano. Vamos ter a capacidade de expandir a nossa criatividade? A conexão entre corpo físico e mente humana será afetada pelo mundo virtual? Os seres humanos terão o controle sobre o mundo virtual ou serão controlados por ele? Será um reset global de grandes proporções, uma verdadeira revolução na forma de pensar, se relacionar e gerir negócios. Vale observar e acompanhar os desdobramentos desse “novo mundo” que já é realidade.