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Petróleo fecha em alta, com potencial ajuste de oferta da Opep+

A possibilidade de países consumidores da commodity liberarem suas reservas também esteve no radar

Petróleo fecha em alta, com potencial ajuste de oferta da Opep+
Máquina realiza extração em poço de petróleo (Foto: Evanto Elements)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje (22), em uma sessão volátil, na qual a grande parte das atenções se voltou para a possibilidade de uma série de países que são grandes consumidores da commodity liberarem suas reservas estratégicas de óleo. O tema, aliado às perspectivas de novas restrições na Europa para tentar conter o avanço da covid-19, pressionou o preço do barril durante grande parte do dia, mas a possibilidade de ajustes na oferta por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) impulsionou o petróleo.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para janeiro encerrou com ganho de 1,07% (US$ 0,81), a US$ 76,75. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual mês subiu 1,03% (US$ 0,81), a US$ 79,70 por barril.

A Reuters noticiou hoje que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prepara um anúncio de liberação das reservas nacionais de petróleo, em conjunto com vários outros países. A medida deve ocorrer de forma articulada com Índia, Japão e Coreia do Sul. O anúncio pode ser feito amanhã. No final de semana, o governo japonês já anunciou medida neste sentido.

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Por sua vez, Edward Moya, analista da Oanda, nota que os preços do petróleo deram uma reviravolta depois que a Opep+ deu a entender que poderia ajustar seu plano de aumento de produção se os EUA conseguirem fazer com que muitos países explorem suas respectivas reservas estratégicas. O secretário-geral do Fórum Internacional de Energia (IEF, na sigla em inglês), Joseph McMonigle, disse hoje acreditar que a Opep+ pode reavaliar seus planos.

Para Moya, o petróleo continuará volátil, mas muito do movimento de queda já aconteceu. Um anúncio oficial sobre as reservas dos EUA pode acontecer já amanhã e os negociadores de ativos de energia vão tentar ver se isso marca o fundo da recente retração, afirma. Na visão da Rystad Energy, embora uma liberação de reservas estratégicas de petróleo possa diminuir os preços no curto prazo, eventualmente esses volumes precisarão ser substituídos. Assim, o impacto tenderia a ser limitado, de modo que qualquer golpe desferido na estrutura de preços de curto prazo seria compensado em uma onda de compras.

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