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Dólar volta a superar R$ 5,60 com dados dos EUA e Precatórios no radar

Às 11h49, o dólar operava estável, a 5,6084 reais na venda

Dólar volta a superar R$ 5,60 com dados dos EUA e Precatórios no radar
Nota de dólar. (Foto: Shutterstock)

O dólar saiu das mínimas do dia e voltava a ficar acima dos 5,60 reais nesta quarta-feira (24), com investidores reagindo a dados norte-americanos e atentos ao noticiário local em torno da PEC dos Precatórios.

Às 11h49, o dólar operava estável, a 5,6084 reais na venda.

No pico da sessão, a divisa chegou a subir 0,28%, para 5,6243 reais, depois de ter descido 0,95%, a 5,5550 reais, na mínima atingida logo após a abertura dos mercados.

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A recuperação do dólar no mercado doméstico em relação aos menores patamares da sessão veio em linha com o fortalecimento internacional da moeda norte-americana, cujo índice frente a uma cesta de rivais fortes subia 0,32% por volta de 11h50.

O índice, que já vinha em alta, ganhou ainda mais força a partir das 10h30, quando o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para seu menor patamar desde 1969 na semana passada, apontando firmeza sustentada na maior economia do mundo.

Há entre investidores percepção de que sinais de melhora no mercado de trabalho dos EUA –em meio ainda a inflação elevada no país– fortalecem argumentos a favor de aceleração no ritmo de redução do programa de compras mensais de títulos do banco central norte-americano, o Federal Reserve. O encerramento do estímulo bilionário, por sua vez, é visto como predecessor de aumentos de juros na maior economia do mundo.

Nesta quarta-feira, a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, disse que estaria aberta a acelerar o ritmo da desaceleração das compras de títulos se a inflação permanecer elevada e o emprego continuar forte.

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Há “mudança marginal de tom se disseminando no Fed”, comentou no Twitter Arthur Lula Mota, integrante da equipe de estratégia e macro do BTG Pactual, sobre a fala de Daly, que veio em linha com comentários recentes de outras autoridades do banco central.

Custos mais altos de empréstimos nos EUA são vistos como fator de impulso para o dólar, uma vez que aumentariam a rentabilidade dos títulos soberanos dos EUA, atraindo recursos para o país.

Enquanto isso, na frente fiscal doméstica, o relator da PEC dos Precatórios e líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), anunciou que vai promover seis mudanças no texto, incluindo a definição do Auxílio Brasil como um programa social de caráter permanente no valor de 400 reais.

A notícia não agradou todos os investidores, que há meses têm mostrado preocupação com a pressão do governo por mais gastos, mas a previsão de auxílio permanente à população no texto da PEC “facilitaria a aprovação da emenda no Senado”, avaliou a Genial Investimentos em nota a clientes, o que aliviaria alguns temores em relação à trajetória das contas públicas.

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A plataforma de investimentos não descartou, no entanto, “elevado grau de incerteza” no cenário fiscal, que “deverá permanecer pelo menos até que a PEC seja aprovada pelo Senado”.

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