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- Para os analistas, embora a operadora pareça ter um caminho operacional razoável para a normalização após sair do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, o valor do patrimônio líquido de hoje está comprometido
(Victoria Netto)– O Citi considera que o plano de reestruturação da Latam Airlines é um retrocesso para empresas interessadas na companhia aérea. Segundo o banco, com a operadora esperando aumentar o patrimônio, três tranches de notas conversíveis, uma linha de crédito e um empréstimo a prazo ou títulos, o cenário para os acionistas de hoje também é negativo.
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Na sexta-feira, após o fechamento do mercado, o Grupo Ad Hoc Matriz da Latam entrou com um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA). Ele prevê um aumento de capital de US$ 800 milhões, que está aberto a todos os acionistas de acordo com seus direitos de preferência. Estabelece ainda a emissão de três tranches separadas de dívida conversível, totalizando US$ 4,64 bilhões, com notas de Classes A, B e C. Além disso, uma linha de crédito rotativo de US$ 500 milhões e outra US$ 2,25 bilhões em novos empréstimos a prazo ou títulos.
Segundo os analistas Stephen Trent, Brian Roberts e Filipe Nielsen, que assinam o relatório do Citi, o aumento de capital apresentado no plano por si só já é maior do que o valor de mercado de ações da Latam. “Embora o plano pareça não divulgar detalhes sobre os preços de exercício dos títulos conversíveis, o valor dessas três tranches é mais de seis vezes o tamanho do valor patrimonial existente da Latam”, avaliam.
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Para eles, embora a operadora pareça ter um caminho operacional razoável para a normalização após sair do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, o valor do patrimônio líquido de hoje está comprometido. As companhias aéreas da Latam esperam sair com US$ 7,26 bilhões em dívida (excluindo dívida conversível) e US$ 2,67 bilhões em liquidez. Com isso, o Citi mantém a recomendação de venda para as ações, com preço-alvo de US$ 0,80, queda potencial de 34,42% em relação ao último fechamento.