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Petróleo fecha em alta, em meio a conflitos no Casaquistão e na Líbia

A diminuição da produção da commodity tende a fornecer sustentação aos preços.

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  • O agravamento dos protestos no Casaquistão ameaçam reduzir a oferta global da commodity energética, uma vez que o país produz cerca de 1,6 milhão de barris por dia (bpd), de acordo com o Commerzbank.
  • Na Líbia, há relatos de que milícias invadiram as operações de mais um campo de petróleo em Trípoli.

Os contratos do petróleo fecharam em alta no mercado futuro, nesta quinta-feira, após ganharem impulso diante dos conflitos no Casaquistão – um dos grandes exportadores do óleo no mundo – e invasão de campos de petróleo por milícias na Líbia.

O petróleo WTI com entrega prevista para fevereiro fechou com ganhos de 2,06% (US$ 1,61), a US$ 79,46 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para março teve alta de 1,47% (US$ 1,19), a US$ 81,99 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O agravamento dos protestos no Casaquistão ameaçam reduzir a oferta global da commodity energética, uma vez que o país produz cerca de 1,6 milhão de barris por dia (bpd), de acordo com o Commerzbank. Na Líbia, há relatos de que milícias invadiram as operações de mais um campo de petróleo em Trípoli. A diminuição da produção tende a fornecer sustentação aos preços.

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O Casaquistão está enfrentando os piores protestos de rua que o país já viu desde que se tornou independente, três décadas atrás. O país foi abalado pela intensificação dos protestos que começaram no domingo por causa de um forte aumento nos preços de combustíveis, em meio à escalada dos preços de petróleo.

Para a Rystad Energy, o salto para cima nos preços do petróleo reflete principalmente o nervosismo do mercado, à medida que a agitação aumenta no Casaquistão e a situação política na Líbia continua a se deteriorar, reduzindo a produção de petróleo. “A produção de petróleo da Líbia já é um risco do lado da oferta que vem se desenvolvendo desde meados de dezembro, quando ficou claro que as eleições de 24 de dezembro seriam adiadas e a trajetória política do país seria deixada no limbo”, diz a consultoria em relatório enviado a clientes.

A Chevron, que detém 50% da joint-venture que administra o gigantesco campo de petróleo Tengiz do Casaquistão, diz que cortou a produção por questões logísticas depois que protestos eclodiram nas instalações.

Os preços do petróleo têm apresentado uma tendência consistente de alta desde pouco antes do feriado de Natal, analisa Robbie Fraser, da Schneider Electric. “Isso ocorre apesar das preocupações em torno da rápida disseminação da variante Ômicron, com o mercado mostrando confiança de que a economia e o crescimento da demanda conectada mostrarão novamente resiliência”, afirma Fraser.

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