- O Safra considera que os resultados do IRB Brasil Re no quarto trimestre do ano passado foram fracos, graças ao impacto ainda alto de contratos descontinuados sobre a sinistralidade da companhia
- O prejuízo de R$ 371 milhões veio acima do esperado, mas o banco pondera que foi menor que o do mesmo período do ano anterior
Matheus Piovesana – O Safra considera que os resultados do IRB Brasil Re no quarto trimestre do ano passado foram fracos, graças ao impacto ainda alto de contratos descontinuados sobre a sinistralidade da companhia. O prejuízo de R$ 371 milhões veio acima do esperado, mas o banco pondera que foi menor que o do mesmo período do ano anterior.
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A subscrição de prêmios no trimestre foi 23% acima do que projetavam os analistas Luis Azevedo, Silvio Doria e Gabriel Pucci, ainda que tenha ficado perto da estabilidade (-0,9%) em termos anuais. As despesas de retrocessão foram 11% abaixo do projetado pelo Safra.
Entretanto, a sinistralidade de 123,5% foi superior à expectativa do banco, de 115% no trimestre. “A despeito do crescimento nos prêmios, a sinistralidade ainda alta no período levou os resultados de subscrição a permanecerem no vermelho”, escrevem os analistas.
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Eles pontuam que o novo prejuízo do IRB pressionou os índices de capital regulatório da resseguradora. “O IRB está analisando algumas ideias para reforçar sua estrutura de capital, como um aumento de capital, venda de ativos imobiliários, operações estruturadas para transferir contratos descontinuados ou dívidas subordinadas”, afirma o Safra.
O banco pontua ainda que a maior parte das perdas vem de contratos já descontinuados, que devem trazer novos impactos neste ano, ao mesmo tempo em que o resseguro local tem crescido, dentro da estratégia da resseguradora em sua reestruturação.
Para o Safra, os resultados divulgados ontem trazem preocupações sobre a duração dos impactos dos contratos já cancelados, ao mesmo tempo em que ainda não está claro qual a rentabilidade dos novos contratos.
Os analistas mantêm recomendação neutra para a ação do IRB, com preço-alvo de R$ 4,80, 52% acima do último fechamento.
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