O cobre fechou em baixa moderada nesta terça-feira, observando potenciais impactos do novo surto de covid-19 na China sobre a demanda e a oferta de metais industriais. Dados econômicos positivos do país, no entanto, contrapuseram as preocupações quanto à onda mais recente de casos da doença, enquanto a guerra na Ucrânia segue no panorama.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para maio fechou em baixa de 0,22%, a US$ 4,5130 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses recuava 0,08%, a US$ 9.879,50, por volta de 14h50 (de Brasília). Ontem, metais industriais sofreram forte queda em meio aos temores pelo surto de coronavírus na China.
Segundo o TD Securities, porém, a política agressiva do país para conter as infecções é historicamente bem sucedida e a demanda sofre apenas um recuo de curta duração. As quarentenas, porém, tendem a provocar um impacto maior e mais duradouro sobre o suprimento de alguns metais, alerta o banco. Em contrapartida à situação da crise sanitária, a China informou avanços robustos e bem acima do esperado nas vendas do varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos de janeiro e fevereiro.
“Dados surpreendentemente bons da China estão tendo um efeito estabilizador” nos mercados de metais básicos, destaca o Commerzbank em relatório. O Julius Baer, porém, leva em conta o recente surto de covid-19, desaceleração do mercado imobiliário, fraca procura por crédito e o aumento dos riscos geopolíticos para avaliar que é incerto se a economia chinesa conseguirá sustentar o ímpeto demonstrado pelos indicadores.
O mercado ficou atento ainda à notícia de que a LME retomará as negociações de níquel no mercado futuro amanhã, mas com restrições, em uma tentativa de conter a crise instaurada pela disparada recente do metal e evitar um novo episódio similar.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio tinha baixa de 0,81%, a US$ 3.288,00; a do chumbo recuava 0,35%, a US$ 2.260,00; a do estanho subia 0,38%, a U$S 43.190,00; e a do zinco cedia 0,37%, a US$ 3.795,00.