O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central reafirmou hoje, por meio da ata de seu último encontro, a intenção de manter o ritmo alta da Selic (a taxa básica de juros) na próxima reunião, em maio. Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 10,75% para 11,75% ao ano.
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Após tirar o pé do acelerador – depois de três movimentos para cima de 1,50 p.p -, o Copom pregou cautela para os próximos passos da política monetária. O BC pontuou que a atuação do colegiado visa a combater os impactos secundários do atual choque de oferta em diversas commodities, que se manifestam de maneira defasada na inflação.
“As atuais projeções indicam que o ciclo de juros nos cenários avaliados é suficiente para a convergência da inflação para patamar em torno da meta ao longo do horizonte relevante. O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliação da extensão e duração dos atuais choques. Caso esses se provem mais persistentes ou maiores que o antecipado, o Comitê estará pronto para ajustar o tamanho do ciclo de aperto monetário”, repetiu o BC hoje.
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Essas ideias expressas na ata já constaram no comunicado da semana passada. Mais uma vez, o Copom afirmou que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O BC ainda enfatizou que poderão ser feitos ajustes nos próximos passos para convergência da inflação às metas e a depender da evolução do balanço de riscos, da atividade econômica e das projeções e expectativas de inflação.
“O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista”, repetiu a ata.