Títulos vivem momento de volatilidade. (Foto: Shutterstock/ Brenda Rocha - Blossom/Reprodução)
Nesta terça-feira (12), o Tesouro Direto interrompeu a negociação dos títulos prefixados e IPCA+ pelo segundo dia consecutivo. Este tipo de suspensão acontece quando os papéis apresentam uma volatilidade muito grande – o que vem ocorrendo nos últimos dias na esteira do IPCA de março.
No mês passado, a inflação subiu 1,62%, o maior patamar para o mês desde 1994. O dado veio bastante acima das expectativas de mercado e pôs em xeque o fim do ciclo de aperto monetário sinalizado pelo Banco Central. Antes, era esperado que a instituição fizesse o último reajuste na Selic em maio, para 12,75%.
Agora, os investidores começam a revisar as projeções para o IPCA e consequentemente para os juros, que devem fechar próximos a 13,75%. Na última segunda-feira (11), o próprio presidente do BACEN, Roberto Campos Neto, afirmou ter se surpreendido com a escalada da inflação em março, em palestra sobre o cenário econômico.
Por volta das 10h46, os títulos voltaram a ser negociados, com taxas sem direção única. Os prefixados apresentavam quedas nos rendimentos, principalmente no vencimento mais curto. O Prefixado para 2025 apresentava uma rentabilidade de 11,9%, 0,15 ponto percentual menor do que o observado na sessão anterior.
Já os indexados à inflação avançavam. O Tesouro IPCA+ com juros semestrais para 2055 pagava um retorno real de 5,72%, 0,05 ponto percentual acima da sessão anterior. O mesmo percentual de alta era visto no Tesouro IPCA+ para 2035 e 2045 que entregavam rentabilidades reais de 5,59%.
O único título híbrido com recuo era ro Tesouro IPCA+ 2026, cujos rendimentos reais passaram de 5,30%, na sessão anterior, para 5,28%.