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- Diante de uma inflação que deve terminar o ano em 7,4% - a previsão anterior era de 7% -, a expectativa à taxa básica subiu de 12,75% para 13,75%.
Após surpresas positivas com os indicadores de atividade divulgados desde o último trimestre do ano passado, a XP Investimentos revisou hoje seu cenário econômico e passou a prever crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
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Porém, embora tenha melhorado o prognóstico para 2022, que antes era de estagnação econômica (crescimento zero), o grupo financeiro reduziu de 1,2% para 0,5% a projeção ao crescimento do PIB no ano que vem. A piora de perspectiva em relação a 2023 se deve, sobretudo, a efeitos do aperto monetário mais forte do que esperava antes e da antecipação de consumo a partir das medidas do governo que vão colocar mais dinheiro em circulação nos próximos meses, casos da liberação, já agora, do décimo terceiro salário de aposentados e da autorização a saques de até R$ 1 mil do FGTS.
Ao apontar uma inflação não só mais persistente, como também mais inercial, com repasses ao consumidor acontecendo de forma mais forte do que a média histórica, os economistas da XP veem agora o Banco Central (BC) sendo obrigado a subir mais os juros de referência, e a cortar menos a Selic no ano que vem.
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Diante de uma inflação que deve terminar o ano em 7,4% – a previsão anterior era de 7% -, a expectativa à taxa básica subiu de 12,75% para 13,75%. Ou seja, a XP aguarda novo aumento de um ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para junho, após os 12,75% já “contratados” para o encontro do colegiado na primeira semana do mês que vem. A projeção à Selic do ano que vem também subiu: de 8,25% para 8,75%.
Assim, a avaliação é de que, ao subir mais e manter a Selic alta por mais tempo, o Banco Central conseguirá derrubar a inflação medida pelo IPCA para 4% no ano que vem, como já era previsto pela XP.
“A desaceleração da inflação talvez demore mais para acontecer. É o momento de o Banco Central ser mais firme diante de uma inflação mais inercial. Acreditamos que a inflação continuará pressionada em junho, levando a mais um aumento de 1 ponto porcentual da Selic”, comentou Caio Megale, economista-chefe da XP ao prever o fim do ciclo de alta dos juros com os juros básicos a 13,75%.