- No primeiro trimestre, a carteira de crédito do Santander para pequenas e médias empresas chegou a R$ 61,9 bilhões, alta de 12,2% em um ano
- Inicialmente, os clientes poderão visualizar pagamentos e recebimentos feitos nos últimos três meses, e também os lançamentos programados para os 90 dias seguintes. Gradualmente, os prazos serão estendidos.
- Em um contexto em que seus maiores rivais poderão ter acesso aos dados de fluxo financeiro de seus clientes, os grandes bancos têm configurado as funcionalidades do open banking para manter a clientela dentro de casa.
O Santander Brasil colocou no ar uma plataforma de gestão financeira integrada para empresas, que o banco acredita que terá forte apelo entre as de pequeno e médio porte. Através da funcionalidade, será possível consolidar e analisar informações sobre o fluxo de caixa passado e futuro. E o banco poderá oferecer crédito ou produtos de investimento em momentos mais adequados.
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“O cliente vai ter uma melhor visão da situação dele e o banco vai ser mais assertivo”, afirma ao Broadcast o diretor de empresas do Santander, Franco Fasoli. “É uma ferramenta que acreditamos que vai fidelizar o cliente dentro do banco, e queremos ajudar o cliente que esteja em uma defasagem de caixa, por exemplo”, diz.
A Gestão Integrada, nome da plataforma, está disponível através do internet banking empresarial da instituição, para toda a base. O cliente poderá consolidar os dados de movimentação financeira, e o Santander pretende, a partir da visão geral dos dados, oferecer produtos e serviços financeiros.
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Fasoli acredita que o maior apelo será entre as pequenas e médias empresas. O filão é uma das apostas do banco no País: no primeiro trimestre, a carteira de crédito do Santander para pequenas e médias empresas chegou a R$ 61,9 bilhões, alta de 12,2% em um ano, acima da média da carteira ampliada (+4,9%).
Inicialmente, os clientes poderão visualizar pagamentos e recebimentos feitos nos últimos três meses, e também os lançamentos programados para os 90 dias seguintes. Gradualmente, os prazos serão estendidos. A plataforma nasce com funções como movimentações de Pix, cobrança, pagamentos de salários, TED, DOC e transferências.
Na primeira fase, os clientes poderão ainda exportar os dados da plataforma. Em breve, ofertas serão adicionadas ao cardápio, de acordo com situações variadas de negócio.
No futuro, os dados de outras instituições compartilhados pelos clientes através do open finance serão inseridos na ferramenta. No momento, o Santander está consolidando os dados das movimentações dos clientes dentro do banco.
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“A partir do momento em que o cliente tem a gestão do fluxo de caixa em três bancos, dificulta a vida dele”, diz o executivo. Segundo ele, até então, o banco oferecia ferramentas de gestão de caixa, mas sem uma visão de fluxos de caixa passados e futuros.
O Santander enxerga ganhos para os dois lados na integração das funcionalidades à nova ferramenta. “Esse é um ganha-ganha: ajudamos o cliente a ter uma melhor gestão do fluxo de caixa dentro do banco, e quando tivermos o open finance, ele traz tudo”, afirma Fasoli.
Em um contexto em que seus maiores rivais poderão ter acesso aos dados de fluxo financeiro de seus clientes, os grandes bancos têm configurado as funcionalidades do open banking para manter a clientela dentro de casa.
O Itaú, por exemplo, pretende usar o iniciador de pagamentos (uma das ferramentas do sistema) para incentivar o cliente a gerir suas contas em diferentes instituições, mas sem sair do aplicativo do banco.
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