O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira (16) que teve prejuízo ajustado de R$ 99 milhões no primeiro trimestre, ante resultado positivo de um ano antes, em meio a uma fraca performance das lojas físicas e maiores despesas financeiras.
Leia também
A empresa apurou queda de vendas mesmas lojas no varejo físico de 2,8% no primeiro trimestre, enquanto as vendas do marketplace e do comércio eletrônico tiveram alta de 16%.
Embora suas vendas totais de 14,1 bilhões de reais tenham sido 13,2% maiores do que um ano antes, seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, de 434 milhões de reais, evoluiu apenas 1,7% e a margem encolheu de 5,2% para 5%.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O movimento mostra como, após um boom de vendas durante os dois anos de pandemia, empresas de varejo fortemente baseadas em tecnologia estão tendo que ajustar seus planos para lidar com um cenário de inflação e juros altos no país. A rival Via, dona das Casas Bahia e Ponto, teve avanço das vendas mesmas lojas de 0,3% para o primeiro trimestre.
De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Roberto Rodrigues, as medidas tomadas pelo Magazine Luiza – incluindo a redução do saldo de estoques em mais de R$ 1 bilhão de comparado ao fim de 2021 – ganharam tração em março, quando a margem Ebitda ajustada alcançou 6,1%.
A empresa elevou seu parque de lojas físicas, em parte também usadas como centrais de distribuição para as operações de varejo online, em 167 unidades, para 1.477 pontos. Rodrigues contou que as vendas nas lojas físicas acelerou a partir de abril com o fim da exigência do uso de máscaras de proteção.
Para manter os níveis de margens obtidos no começo deste ano, a companhia deve também aproveitar sinergias dos ativos que estão sendo integrados, após uma escalada de aquisições nos últimos dois anos.
Publicidade
O executivo citou ainda alguns fatores que podem contribuir para o desempenho da companhia na segunda metade do ano, como a Copa do Mundo sobre as vendas de eletrônicos e da sua divisão de artigos esportivos Netshoes.
Além disso, Rodrigues disse esperar que o juro futuro comece a perder força, o que pode reduzir a pressão sobre o serviço da dívida da companhia.