(Célia Froufe e Lorenna Rodrigues) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, previu há pouco que o Brasil pode ser a nova fronteira de investimentos nos próximos 10 anos já que as cadeias globais não serão construídas nos mesmos eixos após a guerra na Ucrânia.
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Segundo ele, esta avaliação foi feita após vários encontros com autoridades internacionais nos últimos meses e que declararam a importância do País para a segurança energética e alimentar do mundo. “O momento é decisivo; a bola está lá sem goleiro, o Brasil só precisa chutar”, disse durante o seminário “Perspectivas econômicas do Brasil”, promovido pela Arko Advice e o Traders Club.
Para Guedes, o Brasil tem como se integrar às cadeias globais limpas, de forma aberta. “Somos uma democracia liberal, testada e o Brasil virou a maior fronteira de investimentos em um momento que (outros países) querem preservar”, afirmou, acrescentando que o país tem um povo “resiliente, legal, bacana”.
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O ministro voltou a falar sobre o nearshoring, que é a intenção de reaproximar fornecedores das matrizes. “Na hora que o pau come, falta tudo. Temos que estar com tudo perto. O Brasil está perto dos Estados Unidos e da Europa, tem proximidade logística e eficácia”, defendeu.
A segunda questão, conforme Guedes, é que precisa ser amigo desses países importadores. “Amigo? Democracia? Opa. Olha nós aqui”, comentou. Para o ministro, as instituições também seguem forte no país, ajudando nesse contexto. “O pau come entre os Poderes, mas ninguém atravessa linha. Tem pessoas que atravessam a linha, não instituições.”