Bolsas europeias recuam em sua maioria, atento à inflação e PIBs

Por Estadão Conteúdo

31/05/2022 | 9:09 Atualização: 31/05/2022 | 8:59

Por Gabriel Caldeira – As bolsas da Europa recuam nas primeiras horas de pregão nesta terça-feira, com foco dos investidores sobre os números de inflação ao consumidor na zona do euro e crescimento de economias do bloco monetário. A perspectiva para os preços se deteriorou não só por conta do indicador divulgado hoje, como também por causa do acordo para o embargo de importações de petróleo russo da União Europeia (UE), que tende a pressionar a oferta e elevar o custo da commodity energética.

Por volta de 7h00 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em baixa de 0,47%, aos 444,48 pontos. Exceção hoje, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres, sobe 0,32%, apoiado pela alta de 5,86% da ação da Unilever. A companhia nomeou o empresário e investidor americano Nelson Peltz como novo diretor não executivo e membro do Comitê de Remuneração.

Nas bolsas de países da zona do euro, o movimento era de baixa. Em Frankfurt, o DAX recuava 0,75%, enquanto o parisiense CAC 40 cedia 0,84% e o milanês FTSE MIB tinha queda de 0,70%. Por lá, pesavam indicadores como o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) da França no primeiro trimestre, e a alta marginal do PIB italiano no mesmo período.

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Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro atingiu nova alta anual recorde de 8,1% em maio, segundo números preliminares. Ante abril, houve alta de 0,8%, enquanto o núcleo do CPI, que exclui preços de itens voláteis como energia e alimentos, subiu 0,5% no mês e 3,8% no ano.

“Acreditamos que a inflação atingirá o pico no segundo trimestre, mas desacelerará apenas gradualmente ao longo de 2022. No entanto, as últimas notícias do acordo da UE sobre a proibição do petróleo russo e a alta relacionada no preço do Brent significam que os riscos estão novamente inclinados para o lado positivo”, alerta a Oxford Economics, em relatório a clientes. Ontem, a UE anunciou um plano para reduzir em até 90% as importações da commodity produzida na Rússia até o fim do ano.

Para a casa, o Banco Central Europeu (BCE) deve subir o juro básico na zona do euro três vezes este ano, mas há chance de que o BC comum pare em duas altas, dados os riscos à perspectiva de crescimento. Em discurso hoje, o presidente do BC da Itália e membro do Conselho do BCE, Ignazio Visco, disse que a entidade monetária deve prosseguir com cautela no aperto monetário.

Nas praças ibéricas, o índice IBEX 35 caía 0,26% em Madri, enquanto o lisboeta PSI 20 subia 0,42%. No câmbio, o euro depreciava a US$ 1,0720, a libra recuava a US$ 1,2597 e o índice DXY subia 0,49%, aos 101,821 pontos.

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