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Dólar sai de máximas com mercado atento aos dados de emprego dos EUA

O fortalecimento do dólar no mercado doméstico acompanhou a aceleração pontual frente aos rivais fortes

Dólar sai de máximas com mercado atento aos dados de emprego dos EUA
Notas de 100 dólares 02/08/2011 REUTERS/Yuriko Nakao

O dólar acelerou brevemente os ganhos frente ao real após dados desta sexta-feira mostrarem força contínua no mercado de trabalho norte-americano, mas depois saiu das máximas do dia conforme participantes do mercado avaliavam se a notícia pode fazer com que o Federal Reserve se sinta mais confortável em apertar a política monetária agressivamente.

A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos superou as expectativas em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, enquanto a taxa de desemprego permaneceu em 3,6%, sinais de um mercado de trabalho apertado.

Foram criados 390 mil postos de trabalho fora do setor agrícola dos EUA, segundo os dados, superando expectativa em pesquisa da Reuters de abertura de 325 mil vagas.

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Às 10:27 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,27%, a 4,7993 reais na venda. No pico do dia, atingido após a divulgação dos dados, a moeda acelerou a alta a 0,97%, para 4,8325 reais, embora já tenha perdido fôlego desde então.

Na B3, às 10:27 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 4,8375 reais.

O fortalecimento do dólar no mercado doméstico nos picos do dia acompanhou a aceleração pontual dos ganhos do índice da divisa norte-americana frente a uma cesta de rivais fortes, que subiu mais de 0,4% por volta de 9h50 (de Brasília), em meio à alta dos rendimentos dos títulos soberanos dos EUA para seus maiores patamares em duas semanas.

Às 10h05, no entanto, o índice do dólar havia reduzido os ganhos para cerca de 0,25%, o que se refletiu no mercado doméstico.

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De acordo com participantes do mercado, a reação inicial dos ativos aos dados de emprego reflete a percepção de que pode haver espaço para o banco central norte-americano continuar enfrentando a inflação de maneira agressiva, depois que temores de recessão levantaram apostas numa possível pausa no ciclo de aperto monetário do Fed nas últimas semanas.

A vice-chair do Federal Reserve, Lael Brainard, no entanto, disse na quinta-feira que acha razoável adotar altas de juros de 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões do banco central dos EUA e vê poucos motivos para pausar o aperto monetário em setembro.

Os dados desta sexta corroboram essa perspectiva, embora alguns participantes do mercado tenham notado a estabilidade da taxa de desemprego dos EUA –contra expectativa de queda– e uma alta menor que o esperado no crescimento dos salários dos norte-americanos como um contraponto à leitura robusta de vagas criadas.

“Mercado de trabalho forte, assim como o consumo”, disse em postagem no Twitter Arthur Mota, da equipe de estratégia e macro do BTG Pactual, sobre o relatório de emprego dos EUA, conhecido como “payroll” pelos participantes do mercado. “Fed deve reagir mais.”

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Juros mais altos na maior economia do mundo são vistos como fator de impulso para o dólar, já que tendem a atrair recursos para o mercado de renda fixa norte-americano.

Com o desempenho desta manhã e após alta robusta registrada na quarta-feira, a divisa dos EUA ficava a caminho de registrar avanço de 1,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira, o que interromperia uma sequência de três ganhos semanais consecutivos.

A moeda norte-americana à vista fechou a última sessão em queda de 0,42%, a 4,7862 reais na venda.

O Banco Central informou na véspera que dará início nesta sexta-feira a operações de swap para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022, começando com a venda de 15 mil contratos nesta sessão.

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