O mercado segue preocupado com o aumento da inflação global e uma possível desaceleração da economia em decorrência das novas políticas monetárias contracionistas adotadas nos Bancos Centrais mundo afora. Nesse ambiente de maior cautela, as bolsas na Europa fecharam em queda, após o recuo das encomendas à indústria da Alemanha. O indicador recuou 2,7% em abril ante março, e contrariou a projeção de analistas que previam alta de 0,5% no período. Nos Estados Unidos, os mercados acionários operam voláteis, sem direção única, na semana de divulgação da inflação ao consumidor (CPI) de maio. Já o dólar avança no exterior, enquanto o petróleo passou a subir agora à tarde.
Aqui no Brasil, a proposta do governo para conter o avanço do preço dos combustíveis tira (temporariamente) a pressão sobre a política de preços da Petrobras, e impulsiona as ações da empresa, que sobem em torno de 2%. Ao mesmo tempo, as medidas para reduzir os impostos sobre os combustíveis causam preocupações com o cenário fiscal, e essa expectativa de deterioração das contas públicas do Brasil acaba por pressionar os ativos domésticos, principalmente o real e os juros futuros.
O Ibovespa passou a maior parte da manhã no terreno negativo, mas agora à tarde opera com sinal positivo, sustentado pelas ações de empresas ligadas a commodities, com destaque para Vale e Petrobras. Já o setor de Consumo e Varejo é penalizado pela alta dos juros futuros. Às 13h48, o Ibovespa tinha alta de 0,12% aos 110.333 pontos. No mercado de câmbio, o dólar frente ao real sobe +1,62%, em sintonia com a valorização da moeda norte-americana no exterior, em meio aos temores locais e externos.
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Em relação à agenda de indicadores, destaque para a divulgação dos dados da Anfavea. Em maio, a produção de veículos subiu 6,8% na comparação anual e teve alta de 10,7% na comparação com abril. Contudo, nos cinco primeiros meses de 2022, houve recuo de 9,5%. Já as vendas de veículos cresceram 27% na passagem de abril para maio.