Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta quarta-feira, apoiados pela estabilização do dólar no exterior após os fortes ganhos recentes. Dado positivo da indústria chinesa ajudou a sustentar as cotações, antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Leia também
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou a sessão com avanço de 0,17%, a US$ 4,1635 a libra-peso. Por volta das 14h (de Brasília), o cobre para três meses subia 0,74% na London Metal Exchange (LME), a US$ 9.215,00 por tonelada.
Nos últimos dias, os mercados reajustaram as expectativas para o Fed e passaram a esperar um aumento mais agressivo nos juros, de 75 pontos-base. A mudança reflete a leitura elevada da inflação ao consumidor nos EUA, que surpreendeu para cima em maio e turbinou o dólar.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Com o ajuste já precificado, a moeda americana operou em queda durante boa parte do dia, o que ajudou a impulsionar commodities, ao torná-las mais baratas para detentores de outras divisas e, dessa forma, mais atraentes.
Também no radar de investidores, a produção industrial da China avançou 0,7% em maio ante igual mês de 2021, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas no país. O resultado contrariou o consenso de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam recuo de 1% no período.
O estrategista sênior de commodities do ING, Wenyu Ya, avalia que os preços de metais podem se recuperar no segundo semestre, à medida que Pequim amplia os estímulos à economia. No entanto, ele acredita que ainda haverá incertezas. “Enquanto a rígida política contra a covid-19 permanecer em vigor, a economia estará em um modo ‘stop-and-go’ para e vai”, explica.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio subia 2,46%, a US$ 2.621,00; a do chumbo caía 0,34%, a US$ 2.077,00; a do níquel avançava 2,52%, a US$ 25.850,00; a do estanho aumentava 4,67%, a US$ 32.500,00; a do zinco se elevava 2,24%, a US$ 3.651,00.
Publicidade