O noticiário envolvendo a Petrobras segue no radar dos investidores da bolsa brasileira nesta terça-feira (21) e, de certa forma, inibiu ao longo da manhã o Ibovespa de acompanhar com afinco a alta forte das bolsas norte-americanas. Assim, próximo de 12h, o Ibovespa era negociado aos 100.320 pontos (+0,47%), enquanto o dólar ante o real recuava 1,21%, cotado aos R$ 5,12/US$.
No âmbito corporativo, os setores cíclicos, tais como tecnologia e varejo, aproveitam a melhora do humor externo para recompor parte das perdas dos últimos pregões. Assim, as ações de Locaweb, Americanas e Totvs figuraram entre as maiores altas. Na ponta contrária, os papeis do setor de educação Yduqs e Cogna estão entre as maiores perdas do pregão desta manhã.
O destaque da agenda de hoje foi a divulgação da Ata do Copom referente à última decisão de política monetária. De acordo com o documento, “o Comitê avalia, com base nas projeções utilizadas e seu balanço de riscos, que a estratégia requerida para trazer a inflação projetada em 4,0% para o redor da meta no horizonte relevante conjuga, de um lado, taxa de juros terminal acima da utilizada no cenário de referência e, de outro, manutenção da taxa de juros em território significativamente contracionista por um período mais prolongado que o utilizado no cenário de referência”.
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“Dessa forma, a estratégia de convergência para o redor da meta exige uma taxa de juros mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência por todo o horizonte relevante”, consta na ata.
Levando em consideração este trecho, o entendimento do mercado foi de que a taxa básica de juros da economia, a Selic, deve ficar acima de 13,25% no fim do ciclo e além de 10% no final de 2023. Para a próxima decisão que, ocorrerá em agosto, a expectativa é de mais um ajuste na Selic de 0,5 ponto porcentual ou 0,25 ponto porcentual a depender dos dados que serão divulgados até lá.
Exterior
No exterior, as bolsas norte-americanas e europeias operam em alta nesta manhã de terça-feira. Após várias sessões de perdas fortes na semana passada, pressionadas pelo aperto monetário do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, o mercado acionário inicia esta semana em um rali de recuperação.
Em dia de apetite por risco no exterior, a moeda norte-americana se desvaloriza frente às demais divisas. Apesar da melhora dos mercados na volta do feriado nos EUA, as preocupações com recessão persistem em países ricos, principalmente na maior economia do mundo.
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