O bom desempenho das ações de empresas ligadas a commodities impulsiona o Ibovespa para além dos 100 mil pontos no pregão de hoje. No geral, novos sinais de que uma reabertura gradual da economia chinesa vem acontecendo após as medidas contra a Covid-19 somados à percepção de que existirão mais estímulos ao consumo e a infraestrutura por lá alimentam o bom humor do investidor local.
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Como resultado da alta de mais 4% nos preços internacionais do minério de ferro (novamente acima dos US$ 120/tonelada) e do petróleo que se firmou no campo positivo, as ações da Vale e da Petrobras, que respondem por quase 20% do Ibovespa, figuram entre as maiores altas do dia.
Além disso, no caso da estatal petroleira, houve uma revisão de recomendação para as ações em casas de investimento e o Conselho de Administração decidiu, por sete votos a três, que Caio Paes de Andrade assumirá a presidência da companhia.
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Na ponta contrária do índice, aqueles papeis de duration (prazo médio para recuperar o investimento) mais longa, como varejo e tecnologia, são os mais penalizados hoje, assim como as empresas ligadas ao setor aéreo, impactadas por custos mais altos dos insumos (combustíveis).
Ao redor das 13h40, o Ibovespa tinha alta de 2,02%, aos 100.650 pontos e giro financeiro projetado de R$ 23,3 bilhões para a sessão – o que, se confirmado, estará em linha com a média recente. No mercado de câmbio, o dólar recuava ante o real, cotado aos R$ 5,21 (-0,74%), enquanto a maioria das taxas de juros futuros avançavam neste início de tarde.
No exterior, assim como nas últimas semanas, as informações relacionados aos movimentos dos bancos centrais continuam sendo os destaques e os direcionadores para os negócios nos próximos dias, já que os líderes das mais importantes autoridades monetárias mundiais, entre eles Jerome Powell e Christine Lagarde, do Fed (banco central dos EUA) e do BCE (Banco Central Europeu), respectivamente, estão reunidos em Sintra (Portugal), para um evento que tratará dos desafios à frente.
Além disso, o primeiro calote internacional da Rússia em mais de 100 anos, depois que a carência para o pagamento de cerca de US$ 100 milhões em pagamentos de títulos terminou ontem à noite (26), deixa os investidores em alerta. O governo russo afirma que pagou suas obrigações integralmente, antes da data prevista, mas que os sistemas de compensação internacionais ainda não adotaram todos os passos necessários para processar os fundos por conta das sanções impostas ao país por diversas outras economias.
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