Por Gabriel Bueno da Costa – Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams afirmou, em discurso hoje em Porto Rico, que a prioridade para a política monetária atual “é clara”: levar a inflação de volta à meta de 2%. Com direito a voto nas decisões de política monetária, ele argumentou que os dirigentes “têm de ser resolutos” para conter a inflação, e adiantou que o crescimento deve desacelerar “de modo considerável” neste ano.
Leia também
Williams projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA avançará “menos de 1%” no ano atual e “cerca de 1,0% a 1,5%” em 2023. Com o crescimento desacelerando para abaixo de seu nível de tendência, ele disse esperar que a taxa de desemprego suba “de seu nível muito baixo atual, chegando a algo acima de 4% no próximo ano”.
Ao tratar dos mandatos do Fed, Williams afirmou que “o máximo emprego foi alcançado”, porém “a inflação segue inaceitavelmente elevada”, ainda bem acima da meta. Nesse contexto, ele lembrou que o Fed já elevou os juros e antecipa que mais altas serão apropriadas. Além disso, continuará a reduzir seu balanço.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O dirigente reafirmou o “forte compromisso” em levar a inflação aos 2%. Segundo ele, o Fed está atento a como a economia responde às condições no aperto financeiro e como mudam os números de inflação, das expectativas para ela e a perspectiva econômica.
Williams ainda comentou, no evento, que o quadro atual é ainda de “muita incerteza”, com a pandemia da covid-19 provocando efeitos e os problemas vistos em cadeias globais de produção, causados também por lockdowns recentes na China para conter o vírus.