A segunda-feira foi de apetite por risco no início do dia. Porém, houve uma piora no humor dos
investidores no final do pregão, impactando a performance das bolsas em NY e, consequentemente, do
Ibovespa. Pela manhã, resultados positivos de bancos americanos se somaram à moderação das apostas em aumento de juros pelo Fed, sustentando a melhora do humor dos investidores, na esteira da diminuição das preocupações com recessão nos EUA.
As sinalizações do governo chinês de aumentar os estímulos ao setor imobiliário também contribuíram para a recuperação dos mercados, gerando reação forte das commodities. O minério de ferro avançou 4,5% na madrugada na China, enquanto o petróleo subiu mais de 5% no dia. Neste ambiente, no início da tarde, as bolsas europeias encerraram no campo positivo. Entretanto, ao longo da tarde, houve uma piora no sentimento externo, provocando uma virada das bolsas americanas para o negativo e diminuição das perdas na moeda americana no exterior.
No Brasil, a alta das commodities e a recuperação dos índices acionários no exterior deram impulso para o Ibovespa pela manhã. O índice chegou a operar com alta de 1,5%. Entretanto, com a piora em NY, o Ibovespa diminuiu o ritmo de alta e fechou aos 96.916 pontos, com avanço de 0,38% e giro financeiro de R$ 18 bilhões. Analisando as maiores altas e baixas do dia, destaque positivo para as ações da PetroRio que foram impulsionadas pela alta do preço do petróleo. Na ponta contrária, as ações da EzTec figuraram entre as maiores baixas após a divulgação da prévia operacional do 2T22.
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O dólar vs. real, por sua vez, fechou com alta de 0,38%, cotado a R$ 5,43. Os juros futuros operaram em alta ao longo de todo dia, em função da aceleração das commodities e os reflexos na inflação e também acompanhando o movimento do avanço das treasuries. Na agenda econômica de hoje, destaque para a divulgação do IGP-10 de julho que veio acima do teto das estimativas. Para esta semana, destaque para a divulgação do CPI na Zona do Euro e para a decisão do banco central europeu (BCE) na quinta-feira.