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Dólar recua com apetite por risco no exterior e antes de IPCA-15 e Fed

Dólar futuro para agosto recuava 0,66%, a R$ 5,47

Dólar recua com apetite por risco no exterior e antes de IPCA-15 e Fed
Dólar exerce muita força no exterior, principalmente frente a moedas de mercados emergentes. (Foto: Reuters/Lee Jae-Won)

O dólar opera em baixa frente o real em meio ao apetite por ativos de risco no exterior e alta de mais de 1% do petróleo há pouco. Os investidores analisam o boletim Focus em véspera de IPCA-15 de julho, amanhã. No câmbio, a disputa técnica em torno da taxa Ptax do fim de julho, na sexta-feira, poderá trazer volatilidade aos negócios.

A decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira, é o destaque da agenda internacional na semana. Na sexta-feira, o dólar fechou com leve alta a R$ 5,4988 no mercado à vista em meio ao recuo de commodities e temores de recessão e com o cenário pré-eleitoral e fiscal interno.

No Focus, as medianas para IPCA de 2022 e 2023 continuam indicando estouro da meta inflacionária nos dois horizontes, sendo que para este ano a projeção voltou a ceder em função das medidas patrocinadas pelo governo, enquanto a projeção para 2023, foco da política monetária, continua avançando a passos largos. A projeção para o IPCA de 2022 caiu pela quarta semana consecutiva e passou de 7,54% para 7,30%. Em contrapartida, a de 2023 já sobe pela 16ª semana seguida, avançando de 5,20% para 5,30%. Para o câmbio, a projeção para 2022 passou de R$ 5,13 para r$ 5,20 e para 2023, de R$ 5,10 para r$ 5,20.

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O fiscal segue no radar com as notícias de que o presidente Jair Bolsonaro prometeu manter o Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem, gerando gasto de mais de R$ 50 bilhões sem previsão no Orçamento, e da derrota do governo no STF sobre precatórios, com custo de R$ 16 bilhões aos cofres públicos.

Na convenção que homologou a sua candidatura à Presidência, ontem, Bolsonaro repetiu ao menos sete alegações enganosas sobre temas como auxílio emergencial, covid-19 e corrupção e ameaçou novamente também ministros do STF: “Nós, militares, juramos dar a vida pela pátria. Todos vocês aqui juraram dar a vida pela sua liberdade. Esse é o nosso Exército, Braga Netto, o povo. É um exército com 210 milhões de pessoas. Não ousem tocar na liberdade do meu povo”.

Um bom sinal no lado da inflação, no entanto, veio hoje com o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que recuou 0,44% na terceira quadrissemana de julho, após alta de 0,24% na segunda leitura do mês. No entanto, a inflação ao consumidor (IPCA-15) amanhã é o que pode guiar as apostas para o próximo Copom, em agosto.

A confiança do consumidor subiu 0,5 ponto em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou mais cedo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 79,5 pontos. A ligeira alta ocorre após avanço maior em junho e manteve o ICC no maior nível desde agosto de 2021. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,3 ponto, para 78,0 pontos.

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Às 9h20, o dólar à vista caía 0,61%, a R$ 5,4650. O dólar futuro para agosto recuava 0,66%, a R$ 5,4725.

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