Nesta quinta-feira, as bolas da Europa fecharam em alta, apoiadas por resultados trimestrais de empresas que agradaram os investidores. Os investidores reagiram também à decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que atuou como esperado e subiu os juros em 50 pontos-base, após a inflação em junho no Reino Unido ter atingido o maior nível em mais de quatro décadas.
Mesmo projetando recessão no país no quarto trimestre, o aperto monetário foi mantido para conter os preços. Apesar do sentimento mais positivo nos mercados europeus, as preocupações renovadas com a economia global e a possibilidade de recessão se refletiram no desempenho dos índices acionários americanos, que fecharam mistos, e pesaram também sobre os preços do petróleo.
Aqui no Brasil, os mercados se ajustaram à decisão do Copom, que elevou, ontem à noite, a Selic para 13,75%. Em reação aos sinais do Banco Central de que o ciclo de alta de juros está muito próximo do fim, as taxas de juros se ajustaram em baixa. E o Ibovespa teve alta firme, fechando com valorização de 2,04% aos 105.892 pontos, mesmo com a forte queda dos preços do petróleo e do minério de ferro, e com o fraco desempenho das bolsas americanas.
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Os ganhos por aqui foram liderados pelas ações de segmentos mais sensíveis à política monetária, como o setor imobiliário e de consumo. No mercado de câmbio, o dólar perdeu valor ante o real e fechou cotado a R$ 5,22 com recuo de 1,09%, em meio ao fluxo positivo e em sintonia com a tendência internacional. Na agenda econômica internacional desta sexta-feira, o destaque fica por conta da divulgação do relatório de empregos nos EUA, o payroll.