(Cynthia Decloedt, Estadão Conteúdo) – A XP abre a partir desta segunda-feira a opção para negociação das criptomoedas Bitcoin e Ether para os 500 mil clientes que tem conta digital no App. A expectativa da XP é que 200 mil clientes estejam ativos na Xtage até o final do ano e a plataforma esteja aberta para 1 mil, dos mais de 3,6 mil que estão plugados na casa de investimento.
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Os clientes que não têm conta digital terão acesso à plataforma em alguns meses. Mais à frente, a XP quer abrir a plataforma para investidores estrangeiros, ampliar o leque de produtos e funcionalidades. A Xtage já está se conectando, por exemplo, com outras plataformas de negociação de perfil especializado, para traders e investidores mais sofisticados.
Recentemente fechou parceria com o Metatraders, software de algoritmo e robôs. Outra parceira prevista para os próximos meses é com a Neológica, dona da plataforma Proft, para atender traders. “Pensamos ser multicanais para ter mais completude nesse ecossistema para atender a jornada de negociação de vários perfis de pessoas que queiram negociar ativos digitais”, disse o Diretor de Produtos Financeiros da XP Inc, Lucas Rabechini.
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A XP vai também buscar parceiros para tokenizar ativos e estuda os NFT e a Web3. “Acreditamos que esse mercado (de ativos digitais) pode ser gigantesco nos próximos anos, podendo superar o mercado tradicional em valores mobiliários. Essa é a nossa tese”, acrescentou Rabechini.
De acordo com ele, a XP resolveu abrir a plataforma oferecendo Bitcoin e Ether porque atende a demanda dos clientes, mas que grupos internos estudam outros tipos de ativos que podem ser tokenizados, como precatórios e recebíveis. De acordo com Rabechini, provavelmente a Xtrade comece a entrar no outros ativos que não somente criptomoedas.
O anúncio da Xtage ao mercado foi feito em maio. Mas a entrada no mundo cripto pela empresa é ventilada há pelo menos três anos. Foi porém há um ano que o projeto começou a ser posto em prática, quando as discussões regulatórias para esse mercado tomaram direção firme e a presença das “exchanges” estrangeiras e de fintechs se materializou.
A estreia da plataforma tem cerimônia marcada, com toque de sino, na bolsa norte-americana Nasdaq, que é parceira do projeto e onde a XP listou suas ações. A XP não revela quanto espera movimentar neste primeiro ano, mas o investidor brasileiro é um dos que mais giram moedas e ativos digitais no mundo.
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Nos primeiros seis meses deste ano, foram movimentados R$ 4 bilhões em bitcoins entre as exchanges que operam com investidores brasileiros, de acordo com dados do Cointrader. Os números não contabilizam Nubank e Mercado Pago, que abriram plataformas.