(Matheus Piovesana, Estadão Conteúdo) – A Itaúsa, holding de investimentos que tem ações do Itaú Unibanco entre seus principais ativos, registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,018 bilhões no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço publicado nesta segunda-feira. O resultado é 5,5% maior que o do mesmo período do ano passado.
De acordo com a Itaúsa, o resultado foi impulsionado pela resiliência das empresas investidas, mesmo em um cenário macroeconômico adverso. A holding destaca o avanço no lucro do Itaú, o crescimento das receitas da Alpargatas e da Dexco, bem como os bons indicadores operacionais da Copa Energia, da Aegea e da XP.
No final do trimestre, o ativo total da holding era de R$ 75,802 bilhões, alta de 9,2% em um ano. O patrimônio líquido, por sua vez, era de R$ 67,498 bilhões, acréscimo de 10,4% no mesmo período. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) médio foi de 18,5%, queda de 5 pontos porcentuais no mesmo período.
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Em seu informe de resultados, a empresa destaca duas movimentações que ocorreram após o final do segundo trimestre: a assinatura dos contratos para a compra, em conjunto com a Votorantim, da fatia da Andrade Gutierrez na empresa de infraestrutura CCR; e a venda de 1,26% do capital da XP, para ajudar a financiar a entrada na CCR.
No trimestre, a maior parte do resultado da Itaúsa veio das participações no setor financeiro, sendo que o Itaú contribuiu com a maior parcela, de R$ 2,704 bilhões, e a XP, com R$ 121 bilhões. No setor não-financeiro, a maior contribuição veio da NTS, que conferiu lucro de R$ 364 milhões à holding.
Em junho, a Itaúsa tinha endividamento líquido de R$ 3,478 bilhões, 10,1% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2021. Segundo a empresa, isso representava uma alavancagem de 4,6%. O passivo total da holding era composto por R$ 4,618 bilhões em debêntures, R$ 1,763 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio a pagar e R$ 1,713 bilhões em provisões. No final do trimestre, o prazo médio da dívida da Itaúsa era de 5 anos e sete meses, com custo médio de CDI + 1,67% ao ano.