Cabos de cobre curvos de gordura dobrados. Foto: Envato Elemets
(Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) – O cobre fechou em alta nesta sexta-feira, insuficiente, porém, para compensar completamente as perdas acumuladas ao longo da semana. Analistas destacam a deterioração da perspectiva da China como principal fator de baixa para os metais básicos, uma vez que o gigante asiático é o principal importador dessas commodities no mundo.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro avançou 0,91% hoje e recuou 0,11% na semana, a US$ 3,6645 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses subia 0,72%, a US$ 8.087,50, por volta de 14h30 (de Brasília).
“Os preços de metais básicos caíram em sua maioria nesta semana devido à deterioração das perspectivas econômicas na China“, após dados de varejo e indústria sugerirem desaceleração no começo da semana, destaca a Capital Economics, em relatório. A casa, que ainda espera alguma recuperação nos preços até o fim de 2022, diz que a perspectiva tem ficado cada vez menos positiva por conta da demanda chinesa.
Já o Commerzbank ressalta que o suprimento de cobre refinado aumentou consideravelmente no primeiro semestre de 2022 graças à produção da China e da República Democrática do Congo, provavelmente superando a demanda, segundo dados do Grupo de Estudo Internacional do Cobre, divulgados recentemente.
Para um prazo mais longo, no entanto, o banco alemão projeta aumento da demanda dos EUA por conta da aprovação do Inflation Reduction Act, que destina investimentos a setores de alta tecnologia. A construção da infraestrutura adequada para este setores exigirá que o mercado americano importe mais metais de países como Austrália, Chile e Canadá, elevando a demanda por commodities ligadas à produção de baterias, como níquel, cobalto, cobre e lítio.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio tinha baixa de 0,46%, a US$ 2.394,00, a do chumbo cedia 0,80%, a US$ 2.049,50, a do níquel subia 1,93%, a US$ 22.195,00, a do estanho tinha alta de 0,32%, a US$ 24.705,00, e a do zinco ganhava 0,50%, a US$ 3.499,50.