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Petrobras: Indicados pelo governo são aprovados para Conselho

Eram necessários votos relativos a 5.390.507.541 ações para se eleger um conselheiro desta vez

Petrobras: Indicados pelo governo são aprovados para Conselho
Foto: REUTERS/Sergio Moraes

(Gabriel Vasconcelos e Denise Luna, Estadão Conteúdo) – A União fez valer o controle acionário na Petrobras e elegeu seis indicados ao Conselho de Administração da Companhia há pouco durante assembleia de acionistas, inclusive os rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, o que deve gerar ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Justiça.

Entre os eleitos estão o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Eles haviam sido reprovados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) e pelo então conselho da Petrobras por conflito de interesses, vedado na lei das estatais. Mas o governo ignorou o fato e depositou votos suficientes para eleger os dois indicados.

Castro e Soriano foram eleitos com votos de 5,412 bilhões de ações. Eram necessários votos relativos a 5.390.507.541 ações para se eleger um conselheiro desta vez.

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Completam os assentos da União o presidente da companhia, Caio Paes de Andrade, os advogados Gileno Barreto e Edison Garcia, e a procuradora da Fazenda Nacional, Iêda Cagni. Cagni obteve votos de 4,820 bilhões de ações, abaixo do mínimo necessário. Mas como os dois candidatos abaixo dela também eram indicações da União, a mesa dispensou uma segunda rodada.

Com isso, dois membros do antigo conselho, Ruy Schneider e Marcio Weber, que acumulava a presidência do CA, não foram reconduzidos e encerram suas atividades na companhia.

A assembleia decide, a partir de agora, se aprova por maioria a indicação do conselheiro eleito, Gileno Barreto, para presidir o colegiado.

Durante o rito, Barreto, Paes de Andrade e Soriano se declararam não independentes, enquanto Jônathas de Castro, Edison Garcia e Iêda Cagni se declararam independentes. Em tese, essa dependência é uma indicação sobre o grau de alinhamento ao acionista que depositou os votos, no caso a União.

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