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Dólar hoje: moeda oscila com fluxo comercial positivo

O dólar para setembro ganhava 0,22%, a R$ 5,12

Dólar hoje: moeda oscila com fluxo comercial positivo
Foto: Envato Elements

(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O mercado de câmbio está volátil. O dólar à vista abriu com viés positivo alinhado à valorização externa, mas caiu de forma pontual e, há pouco, retomou alta. O ajuste positivo é leve e influenciado pela valorização da divisa americana ante seus pares principais (DXY) no exterior em meio à espera de sinais de política monetária pelo Federal Reserve, no simpósio anual em Jackson Hole, nos EUA, amanhã e sexta-feira.

Os investidores mantêm perspectivas de mais aumentos de juros nos EUA, há expectativa por novas declarações de dirigentes do BC americano, mas o foco dos investidores ficará no presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que irá discursar na sexta-feira. Ontem, após dados mais fracos de atividade americana, as apostas em alta de 50 pontos-base nos juros nos EUA superaram as de 75 PB para a reunião de 21 de setembro do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

No radar nesta quarta-feira estão ainda mais dados econômicos dos EUA que podem influenciar as apostas para futuros aumentos de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), como as vendas pendentes de imóveis (11h00), além de estoques de petróleo pelo Departamento de Energia (11h30).

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As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos, já divulgadas, ficaram estáveis em julho ante junho, em US$ 273,5 bilhões, segundo dados divulgados há pouco pelo Departamento do Comércio do país. O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 1% nas encomendas. Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis aumentaram 0,3% no período. Já sem a categoria de defesa, houve alta de 1,2%.

A inversão de sinal para baixo no mercado de câmbio interno mais cedo refletiu ajustes à queda paralela do dólar frente peso mexicano e peso chileno no mercado de divisas emergentes e ligadas a commodities em manhã de novos ganhos do petróleo e do minério de ferro, disse o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti. Rugik identificou entrada de fluxo de exportador ajudando na queda pontual frente o real mais cedo.

Na agenda local, o IPCA-15 de agosto mostrou deflação menor que a esperada, o que pode a esfriar apostas em relação ao início dos cortes da Selic em 2023. O índice registrou queda de 0,73% em agosto, menor que a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast (-0,82%).

Às 9h41, o dólar à vista subia 0,38%, a R$ 5,1182. O dólar para setembro ganhava 0,22%, a R$ 5,1275.

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