- O ambiente mágico cercado por grandes parques da Disney está entre os destinos favoritos dos brasileiros ao longo do ano
- Mas o fato é que embarcar nesta aventura se tornou um desafio maior em função da disparada do dólar e a alta nos preços das passagens aéreas
- Neste mês, tive a oportunidade de visitar a cidade e os principais parques temáticos. Vou compartilhar com vocês todos os gastos que precisam entrar no radar antes de iniciar o planejamento das férias
Não importa a idade, uma viagem para Orlando, no Sul dos Estados Unidos, mexe com o imaginário de muitas pessoas e grupos familiares. O ambiente mágico cercado por grandes parques da Disney está entre os destinos favoritos dos brasileiros ao longo do ano e principalmente durante as férias escolares de julho, de acordo com a plataforma de reservas Booking.
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Mas o fato é que embarcar nesta aventura se tornou um desafio maior em função da disparada do dólar e a alta nos preços das passagens aéreas. Isso não significa que fazer a trip dos sonhos se tornou uma missão impossível: com organização, planejamento financeiro e algumas dicas, a sua viagem ainda pode caber no bolso. Neste infográfico, mostramos todos os detalhes do orçamento para Orlando.
E os números mostram que há fôlego para viajar. O faturamento do turismo nacional, por exemplo, fechou o primeiro semestre do ano com R$ 94 bilhões, um salto de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da FecomercioSP com base em informações do IBGE.
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Neste mês, tive a oportunidade de visitar a cidade e os principais parques temáticos. Vou compartilhar com vocês todos os gastos que precisam entrar no radar antes de iniciar o planejamento das férias. Se você já foi para Orlando, me conta as suas dicas para economizar. Se você ainda vai e tem dúvidas, pode me procurar no @valeriabretas.
Antes de ir direto ao assunto, faço alguns avisos importantes: a cotação do dólar oscila diariamente. Ou seja, todas as simulações abaixo consideraram uma consulta realizada em 24 de agosto para uma viagem de 30 de outubro a 9 de novembro de 2022. Os valores foram calculados com base na conversão do câmbio realizada na conta corrente em dólar da Avenue.
Passagens aéreas baratas
Existem algumas técnicas específicas que podem te ajudar a economizar até 70% na hora de comprar as passagens aéreas; veja algumas dicas de como fazer isso.
Para simular os melhores valores, considerei duas estratégias. De início, fiz a consulta no Google Flights, com saída pela cidade São Paulo no dia 30 de outubro. Depois de observar quais companhias aéreas operavam nessas datas, anotei os valores e fiz a mesma busca direto pelo site das empresas.
O bilhete mais barato que encontrei foi direto via Copa Airlines, por US$ 705,87 já com todas as taxas. Considerando o dólar a R$ 5,17 (em 24 de agosto), a passagem de ida e volta, com uma conexão rápida no Panamá, custaria R$ 3.766,05 por pessoa.
Para efeito de comparação, fiz a mesma busca por uma outra companhia aérea que opera com voo direto (considerando as mesmas datas): o valor individual seria de R$ 5.140,43, com as taxas – uma diferença de 26,7% no preço final. Neste vídeo, mostro como fazer a busca.
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A vantagem é que a Copa criou um Hub das Américas no Panamá para facilitar a conectividade entre as regiões. Isso significa que a quantidade de voos operados tem sido muito maior e a consequência é a queda no preço dos tickets aéreos.
Mesmo que o voo não seja direto para o seu destino final, a passagem fica mais barata e o tempo de espera na conexão é muito baixo. No meu trajeto de ida e volta, por exemplo, desembarquei do primeiro trecho e já fiz o meu embarque na mesma sala – sem ter que me preocupar com tempo e as malas, já despachadas direto para Orlando.
Vale ressaltar que a Copa recebeu o selo de a companhia aérea mais pontual da América Latina pelo 8º ano consecutivo, segundo a Cirium, empresa líder global em dados e análises de aviação.
Hospedagem em Orlando
Há inúmeras opções de hospedagens em Orlando e tudo vai depender do seu orçamento.
Se a ideia é fazer uma viagem de luxo, os resorts da Disney, ou mesmo os externos, são excelentes. Para quem opta por essa estadia há diversos benefícios, como um teleférico que conecta o hotel direto para o parque e o “fura fila” nas atrações, por exemplo.
Para este perfil, selecionei a opção mais barata dentro da área de resort do parque Epcot, o Disney’s Caribbean Beach. A diária custa US$ 522 para um grupo de até 5 pessoas. Para 10 dias, o valor aproximado seria de US$ 4.698, o equivalente a R$ 27,8 mil com o dólar a R$ 5,17.
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A segunda opção é voltada para uma hospedagem confortável e custo acessível, via plataforma do Airbnb. A região de Kissimmee tem valores mais competitivos e fica bem pertinho dos parques, cerca de 15 minutos de carro. Por lá, é possível encontrar a diária de um estúdio por US$ 73 – isso para viajantes solos. Pela mesma base da busca anterior, com 5 pessoas, há opções por US$ 128 a diária.
Para 10 dias, portanto, o valor aproximado seria de US$ 1.283, o equivalente a R$ 6,8 mil para o período com o dólar a R$ 5,17.
Parques da Disney e atrações
Essa foi a minha primeira viagem para Orlando. Depois de simular os preços direto pelos sites e fazer todas as minhas pesquisas, entendi que o melhor caminho seria procurar uma agência para cuidar de parte do processo.
Em geral, elas oferecem diversos serviços ao viajante, como locação de casas, reserva de carros e a assessoria com os parques da Disney. Mas vou relatar a minha experiência com o suporte nas atrações.
Em termos de valores, eles oferecem desconto no custo total e uma série de brindes, como entradas para o famoso museu de cera Madame Tussauds e outras atrações locais.
Mas vamos ao que interessa. Fiz uma simulação clássica para uma família de quatro pessoas, considerando dois adultos e duas crianças para o período completo da viagem:
- 3 dias em parques da Disney para os 4: US$ 770 (ou R$ 4,1 mil na cotação base)
- 2 dias nos parques da Universal US$ 594 (ou R$ 3,1 mil na cotação base)
- 1 dia no parque Sea World para todos: US$ 99 (ou R$ 528 na cotação base)
- Entradas para o Madame Tussauds
- Entradas para o aquário Sea Life
- Entradas para o Icon Park
O orçamento final, com taxas, seria de US$ 3.364,54 (ou R$ 17,9 mil na cotação base) com pagamento parcelado em até 8 vezes. Com o planejamento financeiro adequado, o cartão de crédito pode ser um grande aliado para o pagamento dos parques e passeios.
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É claro que trouxe o comparativo paralelo. Utilizando exatamente o mesmo orçamento, busquei o valor de cada atividade caso fizesse a compra direto pelo site. O valor final seria de: US$ 3.570,24 (ou R$ 19 mil na cotação base).
Conclusão: comprar os passeios por conta pode sair 6,3% mais caro. Veja como economizar
Há um fator extra nessa equação. Durante os dias que passei na Flórida, o time da agência mostrou a importância de ter um suporte. Recentemente, a Disney inaugurou um serviço que tem causado até certa polêmica entre os turistas: o Disney Genie+.
Ele é uma espécie de sistema gratuito para ajudar nas movimentações dentro dos parques, com dicas e recomendações personalizadas para escapar de filas e ficar por dentro das atividades disponíveis. Pelo app, é possível comprar o “Lightning Lane”, que nada mais é do que um passe para acessar uma fila mais rápida para os brinquedos. Quem opta pelo “fura fila”, porém, precisa agendar o horário de entrada das atrações.
Monitorar o tempo de fila e os horários em aberto é um trabalho extra. Ao contratar uma agência, essa deixa de ser uma preocupação – principalmente se você está em um grupo de pessoas maior. Mesmo viajando sozinha, essa praticidade foi essencial para curtir um maior número de atrações.
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Deixo aqui outra dica de ouro para quem prefere comprar passeios específicos por fora com pagamento em real no cartão de crédito. A plataforma Booking.com oferece agora mais de 30 mil atrações e experiências ao redor do mundo para todo perfil de viajante – desde passeios de barcos no por do sol, musicais, museus e experiências na natureza.
Em Orlando, por exemplo, existem 37 opções que fogem do convencional (exposição do Titanic, passeio de Kart, passeio a cavalo, entre outros). Vale fazer uma pesquisa rápida no site antes de embarcar!
Transporte em Orlando
É possível se locomover em Orlando com aplicativos de transporte coletivo, como Uber e Lyft. Afinal, vale considerar que o preço médio do estacionamento de cada parque pode chegar a US$ 25 por dia.
Ainda assim, alugar um veículo direto do aeroporto pode ter um custo mais baixo, principalmente se colocarmos tudo na ponta do lápis, como o conforto, a ida e volta da sua hospedagem para o aeroporto, visita em outlets, lojas, entre outros.
Fiz a minha consulta para retirar um carro entre 30 de outubro e 9 de novembro no site da Yelp Cars Rental, empresa que realizei a minha locação agora em agosto. O valor de um automóvel médio com wi-fi, seguro completo, assistência 24h e pedágios é de US$ 650 para o período.
Para o transporte, também optei por uma agência brasileira. Em outros países, costumo utilizar buscadores globais e comparar o preço das locadoras. No entanto, existem algumas taxas em Orlando que descobrimos somente após a entrega do veículo, principalmente os pedágios e coberturas adicionais na apólice do seguro.
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Nada impede de você dar uma olhada no Expedia, Rental Cars e outros, mas a Yelp me entregou o melhor custo-benefício considerando o valor final de cada taxa cobrada. E aqui há a mesma vantagem da agência: podemos fazer o pagamento em reais e parcelado em até 4 vezes.
Alimentação e compras
A parte de alimentação e compras é muito individual e vai depender do hábito de consumo de cada pessoa e grupo familiar. O meu gasto diário, por exemplo, foi de US$ 50 para café, almoço e jantar; mas nem sempre fiz três refeições por dia.
Para uma simulação individual de 10 dias, é possível considerar um budget de US$ 500. Nos parques, as refeições podem variar de US$ 8 (lanches menores) até US$ 30 (para opções mais complexas).
A dica é levar uma garrafa de água para usar o refil e alguns snacks na mochila. Todos os turistas são revistados na entrada, mas bebidas e comidas são permitidas. Ou seja, é possível economizar muito se houver planejamento.
O mesmo acontece com as compras de souvenirs, roupas e lembranças. A inflação nos Estados Unidas está no pior patamar dos últimos 40 anos, portanto, os preços estão mais robustos. Opte por visitar lojas fora dos parques e deixe para comprar roupas direto nas outlets.
Conclusão: Quanto custa viajar para Orlando em 2022?
Fiz todas as simulações e conversão de dólar com o apoio de uma ferramenta da Avenue, corretora de valores norte-americana.
A empresa faz um comparativo entre a sua conta corrente em dólar (uso há um ano e considero a melhor opção do mercado), um cartão de crédito de um banco tradicional, cartão de banco digital e cartão pré-pago de uma casa de câmbio.
A ferramenta mostra que seria necessário desembolsar 8% a mais do valor final (totalizando R$ 27,3 mil) para bancar a viagem por meio de um cartão pré-pago de casa de câmbio – opção muito comum entre os brasileiros.
Colocando todos os gastos na calculadora, o custo de uma viagem para Orlando em 2022 seria de aproximadamente US$ 4,1 mil (ou R$ 22,2 mil na base de referência de US$ 5,17).
Vale destacar, porém, que esse valor é individual e desconsidera a possibilidade de divisão de gastos. Com mais uma pessoa, por exemplo, os custos com o transporte seriam os mesmos, mas dividindo o valor por dois – isso reduziria o valor total para US$ 3,8 mil (ou R$ 20,5 mil na base de referência).
Gastos | Descrição | Valor (em US$) |
Passagem Aérea | Tarifa aérea + taxas com a Copa Airlines (30 de outubro a 9 de novembro de 2022) | 705,87 |
Acomodação | 10 dias em Airbnb (1 pessoa) | 730 |
Refeições | Custo médio com café da manhã, almoço e janta | 500 |
Transporte | Gasto com aluguel de veículo | 650 |
Passeios | Atrações turísticas, museus e parques | 940,52 |
Compras | Souvenirs, outlets e lembranças | 500 |
Seguro Viagem | Seguro viagem | 50 |
Outros Gastos | Outros gastos não específicos | 100 |
Valor total: | 3.851,39 |
*Valores referentes ao dia 24 de agosto, com o dólar a R$ 5,17 na conta corrente em dólar Avenue.