(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O dólar opera em alta, puxado pela valorização externa em meio à defesa por investidores de interesses técnicos em torno da formação da última taxa Ptax mensal. O dólar mais forte lá fora e as quedas de commodities apoiam a demanda defensiva no câmbio interno, beneficiando os “comprados” em contratos cambiais, que apostaram no avanço das cotações.
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Os investidores monitoram o avanço dos retornos dos Treasuries e a queda dos preços das matérias-primas, por preocupações com a desaceleração chinesa e apostas de que o Federal Reserve e o Banco Central Europeu devem continuar sendo agressivos na alta de juros para combater a inflação.
Há pouco, saiu o relatório ADP mostrando que o setor privado nos Estados Unidos criou 132 mil empregos em agosto, menos da metade da previsão dos analistas (+300 mil vagas). Os investidores analisam ainda discurso da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, que vota nas decisões de juros neste ano. Ela afirmou que é a favor de elevar juros acima de 4% até o começo de 2023 e que não espera que o Fed corte juros no próximo ano.
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O euro ampliou perdas mais cedo e volta a perder a paridade com o dólar, após o salto da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro para novo recorde, de 9,1% em agosto, contrariando expectativas de que ficaria estável em 8,9%. O avanço dos preços na região reforça expectativas de que o BCE terá de continuar elevando juros de forma agressiva.
No mercado interno, os investidores monitoram a taxa de desocupação no Brasil, que ficou em 9,1% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio idêntico à mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam um intervalo entre 9,5% e 8,8%.
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,7%. No trimestre encerrado em junho de 2022, a taxa de desocupação estava em 9,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho – queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 260,699 bilhões no trimestre até julho, alta de 6,1% ante igual período do ano anterior.
Às 9h25, o dólar à vista subia 0,92%, a R$ 5,1602. O dólar para outubro ganhava 0,62%, a R$ 5,1980.
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