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- Nesta terça-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada reagindo a novas medidas de apoio financeiro dos bancos centrais dos EUA e do Japão
- Na Europa e nos EUA os principais índices acionários também avançaram em meio a relatos de que o governo Trump está estudando uma proposta de quase US$ 1 trilhão para a infraestrutura
- Aqui no Brasil, apesar da divulgação das vendas no varejo de abril que apresentou um tombo histórico de 16,8%, maior que a mediana das projeções que apontava retração de 11,5%, o Ibovespa acompanhou o comportamento das bolsas no exterior e fechou em alta
- Na agenda econômica local desta quarta-feira o destaque fica por conta da decisão do Copom, e a expectativa é de corte de 0,75 p.p na taxa Selic
Nesta terça-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada reagindo a novas medidas de apoio financeiro dos bancos centrais dos EUA e do Japão.
Na Europa e nos EUA os principais índices acionários também avançaram em meio a relatos de que o governo Trump está estudando uma proposta de quase US$ 1 trilhão para a infraestrutura. Indicadores econômicos divulgados na Europa e nos EUA que vieram acima das expectativas também contribuíram para a valorização das bolsas.
Aqui no Brasil, apesar da divulgação das vendas no varejo de abril que apresentou um tombo histórico de 16,8%, maior que a mediana das projeções que apontava retração de 11,5%, o Ibovespa acompanhou o comportamento das bolsas no exterior e fechou em alta. Ao término do pregão, o índice tinha alta de 1,25% aos 93.531 pontos com giro financeiro de R$ 30,3 bilhões. O dólar também avançou e fechou com alta de 1,79% cotado aos R$ 5,23/US$.
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Na agenda econômica local desta quarta-feira o destaque fica por conta da decisão do Copom, e a expectativa é de corte de 0,75 p.p na taxa Selic.
Economia
Vendas no Varejo
As vendas no varejo caíram 16,8% na variação mensal em abril, contra -2,1% em março, pior que a expectativa de consenso para o mês (-11,5%) e nossa estimativa (-12,0%). Em uma base anual, o indicador também caiu 16,8%, ante -1,1% no mês anterior.
Analisando a abertura, enquanto em março apenas duas categorias estavam no campo positivo, a deterioração continuou em abril, com todas as oito categorias no campo negativo na margem. Destacamos que a mesma tendência do mês anterior foi observada, com as menores quedas nas categorias de supermercados (-11,8%, vs. + 14,2% em março) e produtos farmacêuticos (-17,0%, vs. +1,4 %) – as mesmas duas categorias que tiveram melhores desempenhos no mês anterior. Por outro lado, vestuário (-60,6%, vs. -42,3%) e materiais de leitura (-43,4% vs. -37,0%) foram mais afetados pelas medidas de bloqueio, como em março.
As vendas no varejo no conceito ampliado (que inclui veículos, autopeças e materiais de construção) também sofreram alguma deterioração em relação ao mês anterior, caindo 17,5% na variação mensal (vs. -13,7% em março) – mas menor que a expectativa de consenso de – 20,4%. Esse resultado foi devido a um menor declínio nas vendas de materiais de construção (-1,9%, vs. -17,3% em março) e uma queda bastante constante em veículos e autopeças (-36,2% versus -36,7%).
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Nossa visão: as vendas no varejo de abril mais uma vez mostraram forte deterioração. Com a maior parte da economia paralisada durante todo o mês de abril, essa leitura provavelmente é o piso do indicador, a maior queda de todos os tempos em quase todas as categorias da pesquisa. Nos próximos meses, os números devem mostrar pequenas melhorias, em linha com o alívio gradual dos bloqueios em todo o país, bem como com os pagamentos do programa de ajuda de emergência do governo. Em relação ao ritmo de recuperação no longo prazo, dependerá principalmente da rapidez com que o mercado de trabalho irá melhorar no ambiente pós-crise.