A inflação global que não dá trégua, o que leva os bancos centrais das principais economias do mundo a elevarem suas taxas de juros, intensifica os temores de uma recessão global por parte dos investidores. Nesse cenário de aversão ao risco generalizada, na Europa, as bolsas fecharam com queda ao redor de 2% em meio ao anúncio do Reino Unido de novos cortes de impostos, e à divulgação do PMI da zona do euro e da Alemanha.
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Nos Estados Unidos, as perspectivas de aperto monetário mais forte foram reforçadas hoje por declarações do presidente do banco central norte-americano e pela divulgação do PMI de setembro, que avançou, ao contrário do que era esperado pelos analistas de mercado. Sendo assim, a leitura do indicador sugere mais altas de juros por parte do Fed, uma vez que sinaliza uma atividade melhor que o previsto em meio a um cenário de forte inflação.
Com isso, refletindo a busca por proteção, o dólar teve alta global. Aqui no Brasil, os mercados acompanharam o tom negativo do exterior, e o Ibovespa fechou com queda de 2,06% aos 111.716 pontos com giro financeiro de R$ 35,1 bilhões. Pesou sobre o índice o desempenho negativo das ações da Petrobras e seus pares, em linha com a queda de cerca de 5% do preço do petróleo no mercado internacional.
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As ações do setor de Mineração e Siderurgia também recuaram hoje, apesar da alta de 1,34% do minério de ferro negociado em Dalian na China. O dólar frente ao real, em linha com o movimento no exterior, avançou 2,62% e fechou a sessão cotado a R$ 5,25. Os juros futuros registraram alta firme nos vencimentos de longo prazo e moderada na ponta curta, refletindo o exterior adverso.
Na agenda da semana que vem, a Ata do Copom, o Relatório de Inflação, dados de inflação e emprego serão os destaques da agenda doméstica.
No exterior, as atenções estarão voltadas para a divulgação do PCE e para discursos de membros do Fed.
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