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- O Bradesco BBI prevê um potencial de alta de 33% em relação ao fechamento mais recente
- "Estamos aumentando nossa estimativa de lucro em 2023 em 10,4%, para R$ 37,1 bilhões", diz o analista Gustavo Schroden
- Ao longo dos últimos trimestres, o Itaú vem aumentando a participação de créditos sem garantia em sua carteira
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo das ações do Itaú Unibanco de R$ 34 para R$ 38, com potencial de alta de 33% em relação ao fechamento mais recente, e manteve recomendação ‘outperform’ (desempenho acima da média do mercado). A casa elevou em 10% as estimativas para o lucro líquido do banco no ano que vem, e por isso, aumentou o preço esperado para o papel.
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“Estamos aumentando nossa estimativa de lucro em 2023 em 10,4%, para R$ 37,1 bilhões, representando um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21,5%”, escreve o analista Gustavo Schroden. A revisão é fruto, de acordo com ele, de uma expectativa maior para as margens, diante de uma Selic média também mais alta e da melhoria do mix da carteira de crédito este ano.
Ao longo dos últimos trimestres, o Itaú vem aumentando a participação de créditos sem garantia em sua carteira, através de linhas como o cartão de crédito. Embora de maior risco, estes produtos geram mais retorno ao banco, e portanto, incrementam o spread (diferença entre custo de captação e juros cobrados).
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O Bradesco BBI espera um crescimento entre 4% e 24% na margem financeira com clientes no ano que vem, a partir da expectativa de um spread de 8,5%, o mesmo visto no segundo trimestre. A variação viria da magnitude do crescimento dos ativos do Itaú, o maior banco da América Latina.
A percepção de Schroden é de que as margens devem crescer o suficiente para compensar o aumento do custo de crédito e também do custo operacional. As receitas com serviços, por sua vez, devem crescer acima da inflação diante do forte uso de cartões de crédito, que gera tarifas de intercâmbio, e do bom desempenho em seguros.
O Bradesco afirma que os múltiplos da ação do Itaú seguem atrativos, com preço/lucro de 7,5 vezes para 2023, e valor patrimonial por ação de 1,5 vez.