O cobre fechou em forte queda nesta sexta-feira, após recuar mais de 4% na mínima do dia. Metais industriais foram pressionados por renovados temores de recessão da economia global e pela apreciação do dólar no mercado cambial, que tende a reduzir a demanda por commodities cotadas na divisa, à medida que as encarece.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro recuou 3,69%, a US$ 3,3430 por libra-peso. No acumulado da semana, a baixa foi de 4,93%. Na London Metal Exchange (LME), por volta de 14h30 (de Brasília), o cobre para três meses marcava baixa diária de 3,12% e semanal de 4,68%, a US$ 7.440,00 por tonelada.
A aversão ao risco foi generalizada hoje e afetou ações em Nova York e na Europa e outras commodities, como o petróleo. Desencadeados pelo forte aperto monetário em economias desenvolvidas, temores de que a economia global entre em recessão em breve puxaram as perdas. Índices de gerentes de compras (PMIs) fracos na zona do euro acentuaram a percepção de atividade em desaceleração. Já o PMI melhor que o esperado nos EUA deu força à leitura de que o Federal Reserve (Fed) continuará subindo os juros agressivamente na principal potência mundial.
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A Capital Economics comenta que esta semana marcou uma mudança de direção para o mercado de metais, que mudou o foco de problemas na oferta para sinais de recuo da demanda. A casa destaca justamente o cobre, que recuou mais que outros metais básicos por ser considerado um “guia” do crescimento econômico global. Ainda que não descarte mais perdas, a consultoria entende que os “grandes recuos” de metais industriais ficaram para trás.
Em relatório, o TD Securities destaca que os estoques globais de cobre subiram pelo quinto dia seguido hoje, devido à baixa demanda no mercado à vista. “De fato, com os riscos do lado da oferta diminuindo, os metais básicos estão propensos a piorar por conta da demanda, à medida que a angústia macroeconômica mais ampla e as preocupações com o crescimento chinês tomam o foco”, resume o banco canadense.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 2,45%, a US$ 2.168,50; a do chumbo tinha baixa de 2,70%, a US$ 1.803,00, a do níquel recuava 4,08%, a US$ 23.370,00; a do estanho cedia 6,34%, a US$ 20.240,00; e a do zinco tinha perdas de 3,32%, a US$ 3.014,00.